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Bruxelas/Cúpula Europeia

Europeus se dispõem a cooperar com a Ucrânia, mas não com Yanukovich

A presidência lituana da União Europeia (UE) assegurou nesta sexta-feira que o bloco segue disposto a cooperar com a Ucrânia, mas não com o atual governo do presidente Viktor Yanukovich. "A Europa está aberta ao povo ucraniano, mas não necessariamente a este governo", declarou a presidente lituana Dalia Grybayskaite, cujo país exerce a presidência rotativa do bloco.

Dalia Grybauskaite, François Hollande, Xavier Bettel, Angela Merkel, Antonis Samaras e Nicos Anastasiades em Bruxelas, 19 de dezembro de 2013.
Dalia Grybauskaite, François Hollande, Xavier Bettel, Angela Merkel, Antonis Samaras e Nicos Anastasiades em Bruxelas, 19 de dezembro de 2013. Reuters
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No final da cúpula de dois dias em Bruxelas, o presidente do Conselho Europeu, Herman Van Rompuy, lamentou as pressões de Moscou sobre Kiev. "Elas aumentam qualitativamente a lista de disputas entre a UE e a Rússia", disse o belga. "Nós não vamos nos esquivar deste problema durante a próxima cúpula UE-Rússia", prevista no final de janeiro, acrescentou ele.

Apoiado por Putin, o presidente ucraniano, Viktor Yanukovich, fez uma advertência esta semana contra qualquer "interferência" ocidental nos assuntos interiores de seu país, onde a oposição pró-europeia contesta o governo pro-russo há mais de um mês.

França recebe apoio para intervenção na RCA

A França obteve um compromisso tímido dos outros países europeus para sua intervenção militar na República Centro-Africana. A UE poderá lançar em 2014 uma missão de apoio sem financiar diretamente a operação francesa.

No final da cúpula em Bruxelas, o presidente francês, François Hollande, expressou satisfação com a resposta dos europeus a seu pedido de maior engajamento dos parceiros no conflito no país africano.

Van Rompuy, que oficializou o apoio europeu, disse que a intervenção de 1.600 soldados franceses em Bangui "evitou o desastre de uma guerra civil e talvez um genocídio".

Os europeus assumem assim uma atitude semelhante à que adotaram no início do ano, quando a França lançou a operação Serval no Mali. Sem participar dos combates, os países da UE foram muito ativos no plano humanitário e lançaram, em seguida, uma missão de treinamento do exército malinês.

As diferentes formas de ajuda europeia serão propostas no dia 20 de janeiro pela chefe da diplomacia do bloco, Catherine Ashton. Diferentes opções estão em estudo, segundo um diplomata francês, e desta vez podem incluir uma missão militar europeia para garantir a segurança do aeroporto de Bangui ou o envio de tropas para substituir os soldados franceses no futuro. Até lá, os países europeus devem simplesmente ajudar a França com apoio logístico, emprestando aviões, por exemplo.

Hollande considerou o apoio europeu "muito importante" e agradeceu Alemanha, Reino Unido, Polônia, Bélgica, Holanda e Espanha. "Eu não quero mais tropas para ações militares", disse o presidente francês, afirmando que esta tarefa deve ser executada por uma força africana sob a responsabilidade das Nações Unidas.

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