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Ucrânia/protestos

Crise política na Ucrânia domina encontros em Bruxelas

Sinal de fratura no governo ucraniano. Deputados governistas do Partido das Regiões pediram hoje ao primeiro-ministro ucraniano, Mykola Azarov, uma grande reforma ministerial diante da crise política que agita o país há mais de três semanas. “Pedimos um remanejamento de 90% do gabinete”, declarou a deputada Anna Guerman. Em Bruxelas, o assunto domina a pauta da União Europeia.

Uma multidão de cerca de 200 mil pessoas manifestaram, neste domingo (15), na praça da Independência, em Kiev, Ucrânia.
Uma multidão de cerca de 200 mil pessoas manifestaram, neste domingo (15), na praça da Independência, em Kiev, Ucrânia. REUTERS/Maxim Zmeyev
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Colaboração de Letícia Fonseca, correspondente da RFI em Bruxelas

As manifestações na Ucrânia ganharam novo fôlego no domingo e dominam agenda dos ministros das Relações Exteriores da UE, nesta segunda-feira, em Bruxelas. A chefe da diplomacia européia, Catherine Ashton, deve relatar como foram os encontros da última semana com o presidente ucraniano, Viktor Yanukovitch, e os líderes da oposição. Em Bruxelas, Ashton ainda se reúne com o ministro das Relações
Exteriores da Rússia, Seguei Lavrov, que também participa do jantar de trabalho com os chanceleres europeus.

Alegando falta de compromisso claro do governo ucraniano para assinar o acordo de comércio e cooperação, a União Européia suspendeu neste domingo as conversas com a Ucrânia, enquanto 300 mil manifestantes protestavam na Praça da Independência, no centro da capital Kiev, pedindo maior aproximação com a
Europa.

Negociações

O comissário europeu para a Expansão do bloco, Stefan Füle, explicou que havia avisado ao presidente ucraniano, Viktor Yanukovitch, que o avanço das negociações estaria condicionado a um sinal claro de compromisso, e que as ações de Yanukovitch e seu governo estariam cada vez mais distantes da
realidade. O bloco europeu estava mantendo a proposta de negociação na esperança de se aproximar da Ucrânia, apesar da desistência do governo de Kiev em assinar o acordo no mês passado.

Na terça-feira, Yanukovitch viaja para Moscou para se reunir presidente russo, Vladimir Putin. A oposição em Kiev receia que a aliança entre Rússia e Ucrânia se intensifique, ainda mais, após o encontro. Na
Ucrânia, os manifestantes pró-Europa adotaram uma resolução para proibir Yanukovitch de assinar os acordos de adesão com a Rússia, e afirmam que a União Aduaneira é um projeto geopolítico de Moscou cujo objetivo é reconstruir o império soviético que desabou em 1991.
 

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