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Europa/Ucrânia

Presidente ucraniano propõe anistia para manifestantes presos

O presidente da Ucrânia, Viktor Ianoukovitch, propôs decretar uma anistia para os manifestantes interpelados durante as manifestações, que já duram mais de três semanas no país. "Eu vou propor que haja uma anistia, que liberemos as pessoas que foram presas e que este conflito se termine", afirmou.

Manifestantes ucranianos se preparam nesta sexta-feira para novo final de semana de protestos pedindo a queda do governo.
Manifestantes ucranianos se preparam nesta sexta-feira para novo final de semana de protestos pedindo a queda do governo. REUTERS
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A declaração foi dada nesta sexta-feira, antes de sua participação numa mesa redonda. Ianoukovitch vai consultar nesta tarde um de seus predecessores, Leonid Kravtchouk, e ainda responsáveis de grupos parlamentares e líderes religiosos.

Enquanto isso, a Ucrânia se prepara para mais um fim de semana de forte mobilização popular pedindo a demissão do seu governo. O líder de oposição, Vitali Klitschko, convocou os ucranianos a comparecer em peso à Praça da Independência, no centro de Kiev, para manifestar o desejo de "viver num país europeu moderno".

Depois de uma intervenção violenta das forças de segurança ucranianas na noite de terça-feira, Klitschko excluiu a possibilidade de participar das discussões com o chefe de Estado. Nesta sexta-feira, a porta-voz do líder da oposição afirmou que sua oposição não evolui, mesmo os representantes da oposição tendo sido oficialmente convidados a fazer parte do encontro.

Depois da tentativa frustrada de retirar os manifestantes, que ocupam a praça há quase quatro semanas, o vice-primeiro ministro da Ucrânia disse na quinta-feira que o país vai assinar em breve um acordo de associação com a União Europeia. Essa é a principal reivindicação dos manifestantes.

Influência russa

No contra-ataque, para manter Kiev em sua esfera de influência, o presidente russo, Vladimir Putin, voltou a exaltar os interesses econômicos reais dos ucranianos em permanecerem sendo aliados de Moscou.

Há um mês, a Ucrânia pediu 20 bilhões de euros em ajuda financeira à União Europeia, como uma compensação para a assinatura de um acordo de associação com o bloco, que vinha sido preparado há pelo menos três anos. A entrada na União Europeia teria um impacto direto nas relações comerciais do país com a Rússia.

O assunto será discutido na próxima segunda-feira entre o chanceler russo, Serguei Lavrov, e a chefe da diplomacia europeia, Catherine Ashton, em reunião de crise em Bruxelas.

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