EUA também espionaram a Espanha, revelam documentos confidenciais
A Agência de Segurança Americana (NSA) espionou mais de 60 milhões de telefonemas na Espanha entre dezembro de 2012 e janeiro de 2013, revela nesta segunda-feira o jornal El Mundo. O embaixador americano no país foi convocado hoje para consulta pelo Ministério das Relações Exteriores.
Publicado em: Modificado em:
Como no caso das outras revelações, o jornal se baseou em documentos confidenciais transmitidos pelo jornalista Glenn Greenwald, entregues pelo consultor da CIA Edward Snowden.
De acordo com o El Mundo, esse monitoramento buscava detectar apenas a duração e a localização dos telefonemas, e não seu conteúdo.
Na semana passada, o Le Monde também revelou que a França foi alvo da NSA, gerando uma grave crise diplomática entre os países. A agência também teria grampeado o telefone celular e o fixo da chanceler Angela Merkel.
Segundo a imprensa alemã, os EUA chegaram a manter uma "célula de espionagem" na Alemanha, instalada no quarto andar da embaixada dos Estados Unidos em Berlim, próxima da sede do governo alemão.
O embaixador dos EUA em Berlim chegou a ser convocado pelo governo alemão.
Obama teria interrompido espionagem de Merkel, segundo a Casa Branca
De acordo com a Casa Branca, Barack Obama colocou um fim à prática quando foi informado da espionagem, que teve início no governo George W. Bush, em 2002.
Mas segundo a imprensa alemã, o presidente Barack Obama sabia há três anos que a chanceler alemã Angela Merkel era monitorada secretamente.
Em reação à denúncia, a França e a Alemanha pediram durante uma reunião com os membros da UE em Bruxelas um "acordo de não-espionagem" com os Estados Unidos. A Espanha se opôs à iniciativa durante a reunião.
Hoje o Parlamento Europeu enviará uma delegação a Washington. Os nove deputados querem mais detalhes sobre a espionagem de líderes europeus pela NSA, a agência de segurança americana.
O Brasil, que também foi alvo da espionagem da NSA, deverá apresentar um documento conjunto com a Alemanha na ONU. A votação poderá acontecer em novembro.
NewsletterReceba a newsletter diária RFI: noticiários, reportagens, entrevistas, análises, perfis, emissões, programas.
Me registro