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Itália/ protestos

Manifestantes contra austeridade vão acampar em Roma até terça

Centenas de italianos anunciaram hoje que vão permanecer acampados até terça-feira na praça da basílica de São João de Latran, no centro de Roma, para protestar contra a austeridade, as expulsões de moradores de suas casas e para pedir habitações mais baratas. No sábado, entre 50 e 70 mil pessoas participaram de manifestações no país, que acabaram em confronto com a polícia.

No sábado, protestos em Roma terminaram em confronto com a polícia.
No sábado, protestos em Roma terminaram em confronto com a polícia. REUTERS/Stefano Rellandini
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Representantes dos manifestantes serão recebidos na terça pelo ministro da Infraestrutura e dos Transportes, Maurizio Lupi. “Nós deixaremos as nossas tendas instaladas até o nosso encontro com Lupi, quando organizaremos outra manifestação para sermos ouvidos”, declarou Luca Fagiano, um dos organizadores.

Nas faixas colocadas junto ao acampamento, podem-se ler reivindicações como “tomemos a cidade” ou “fim das expulsões e dos desalojamentos”. No site dos manifestantes, da Coordenação Cidadã de Luta pela Habitação, eles defendem que os protestos são “o início de uma revolta”.

A Itália se esforça para sair de dois anos de recessão, período em que os índices de desemprego dispararam, principalmente entre os jovens (40,1%). Em agosto, a taxa de desemprego chegou a 12,2% da população ativa, um recorde. O Parlamento do país começou a examinar na terça o orçamento para 2014, apresentado pelo primeiro-ministro Enrico Letta. O texto prevê novos cortes, o estopim para as manifestações iniciadas no sábado.

Tumultos foram registrados em Roma, quando dezenas de milhares de pessoas marcharam pela capital para protestar contra o desemprego, cortes do governo e grandes projetos de construção que, dizem os participantes da passeata, tiram dinheiro dos serviços públicos. Os manifestantes atiraram garrafas em uma van da polícia e ovos em bancos e no Ministério da Economia. A polícia interveio para manter manifestantes de direita longe dos protestos.

Os manifestantes, em sua maioria jovens, levaram faixas contra o desemprego, a falta de habitação a preços acessíveis e contra os planos de uma ligação ferroviária de alta velocidade com a França. Opositores do projeto dizem que, além de trazer risco ambiental, o dinheiro para a construção do trem de alta velocidade deveria ser usado para ajudar pobres e desempregados.
 

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