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Rússia/Eleição

Municipais em Moscou testam grau de oposição a Putin

Os moradores de Moscou votam neste domingo para escolher o novo prefeito da capital russa entre seis candidatos em competição. A votação é marcada pelo duelo entre o atual prefeito, Serguei Sobianin, apoiado pelo Kremlin, e o líder da oposição ao presidente Vladimir Putin, Alexei Navalny, um advogado que milita contra a corrupção.

O opositor russo Alexei Navalny e sua mulher Iulia no comício de encerramento da campanha, no dia 6 de setembro, em Moscou.
O opositor russo Alexei Navalny e sua mulher Iulia no comício de encerramento da campanha, no dia 6 de setembro, em Moscou. REUTERS/Tatyana Makeyeva
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Navalny, 37 anos, briga para levar a votação ao segundo turno, o que já seria uma vitória contra Putin. Advogado, blogueiro e militante anticorrupção, o opositor ganhou popularidade entre os moscovitas ao liderar a onda de protestos que estremeceu o Kremlim durante o inverno de 2011-2012.

Como faz com todos os seus adversários, Putin tentou barrar a candidatura de Navalny. Em julho, o advogado foi condenado a 5 anos de prisão por desvio de recursos num contrato de prestação de serviços públicos, processo fabricado para prejudicá-lo. Ele chegou a ser preso, mas logo foi libertado enquanto aguarda a decisão de um recurso impetrado contra a sentença.

Assim, Navalny pôde fazer uma campanha dinâmica para as municipais de Moscou. Em um mês de comícios, ele passou de 10% para 20% nas pesquisas de intenção de voto. Já o candidato do Kremlim, Sobianin, recuou 18% nas sondagens e é apontado com 60% das intenções de voto.

Navalny liderou uma campanha com poucos recursos, mas muito agressiva. Ele contou com o apoio de cerca de cem militantes, que conseguiram mobilizar os eleitores de Moscou como não acontecia há muitos anos.

Diante dele, Sobianin, atual prefeito, fez uma campanha sem brilho. Na reta final, ele tentou ganhar a simpatia dos eleitores propondo uma revolução urbana no centro da cidade e a criação de novas zonas de pedestres. Mas não é certo que essa estratégia convença os moscovitas. Se dependesse da capital, Putin não teria sido eleito no primeiro turno nas últimas presidenciais, em que ele obteve 47%. Apostando na capacidade crítica dos moscovitas, a grande esperança de Navalny é levar o pleito ao segundo turno.

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