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Austeridade

Portugal e Irlanda reafirmam compromisso com rigor fiscal

O primeiros ministro de Portugal, Pedro Passos Coelho, e seu colega irlandês, Enda Kenny, reafirmaram nesta terça-feira os compromissos fiscais de seus países, ambos sob planos de resgate financeiro. "Nosso plano orçamentário prevê que reduziremos o déficit abaixo dos 3% (do PIB) em 2015 e nós respeitaremos este plano", disse Kenny ao sair da reunião com Passos Coelho. "Tanto em Portugal quanto na Irlanda, as pessoas são pragmáticas e compreendem que devemos tomar decisões difíceis", disse.

Enda Kenny, premiê irlandês, durante encontro com seu homólogo português, Pedro Passos Coelho nesta segunda-feira.
Enda Kenny, premiê irlandês, durante encontro com seu homólogo português, Pedro Passos Coelho nesta segunda-feira. REUTERS/Jose Manuel Ribeiro
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As declarações vêm à tona justamente em um momento em que a Europa repensa a estratégia usada até agora no combate à crise econômica, que priorizou a austeridade orçamentária em detrimento do crescimento.

Lembrando dos sacrifícios que esta política exigiu de Portugal e Irlanda, Kenny disse acreditar que este é o momento ideal para a União Europeia priorizar a geração de empregos e o crescimento econômico. Portugal pediu resgate internacional em maio de 2011, cerca de seis meses depois da Irlanda.

Os dois obtiveram também uma extensão do prazo até 2015 para se adequar às regras europeias. "Estamos prontos a respeitar os objetivos", disse Passos Coelho. Recentemente, o premiê português sofreu um revés, quando a Corte Constitucional de seu país rejeitou uma série de medidas de rigor incluídas no orçamento do Estado para 2013. Assim, Portugal só deve sair da tutela da União Europeia e do Fundo Monetário Internacional (FMI) em junho de 2014, enquanto a Irlanda deve garantir sua autonomia orçamentária ainda este ano.

Mas, para que possam se financiar por conta própria, os dois países ainda precisam reconquistar a confiança dos mercados financeiros. "Nós dois encaramos imensos desafios para conseguirmos restaurar a reputação de nossos países", reconheceu Kenny.
 

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