Moody's considera reformas nos países periféricos da zona do euro insuficientes
A agência de avaliação de risco financeiro Moody's voltou a criticar as economias da Grécia, Irlanda, Portugal e Espanha, o grupo de países mais atingidos pela crise e conhecidos pela sigla PIGS. Segundo um comunicado da agência, as reformas estruturais feitas nesses países ainda não foram suficientes para resolver os desequilíbrios externos que já afetavam essas economias antes mesmo do início da crise.
Publicado em: Modificado em:
Para a Moody's, as reformas estruturais realizadas na Grécia, Irlanda, Espanha e Portugal vão demorar vários anos para surtir os efeitos desejados. A agência avalia que houve melhorias econômicas, mas "a correção completa das distorções alcançou apenas a metade do caminho". A Moody's comparou a situação atual do grupo PIGS às dificuldades encontradas pela Suécia e a Finlândia nos anos 90.
Em seu relatório, a agência afirma que as "vulnerabilidades acumuladas" pelos países periféricos da zona do euro são causadas não apenas pelas despesas dos governos, e sim "pelos gastos excessivos do setor privado", gastos estes que "são financiados pelos fluxos de capitais dos principais países da zona do euro".
A Moody's conclui que aumentar a competitividade desses países de maneira durável é um desafio bem mais difícil do que melhorar os desequilíbrios orçamentários, o principal foco de ação dos respectivos governos europeus até agora.
NewsletterReceba a newsletter diária RFI: noticiários, reportagens, entrevistas, análises, perfis, emissões, programas.
Me registro