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União Europeia

Hollande e Merkel mostram divergências em Bruxelas

Nesta quarta-feira, em Bruxelas, os dirigentes da França e da Alemanha fizeram declarações discordantes ao chegar à  reunião dos chefes de Estado e de Governo dos 27 países da União Europeia, dedicada aos meios de relançar o crescimento na zona do euro. A Grécia, ameaçada de sair da zona do euro, centraliza as atenções, assim como a questão do crescimento econômico, ponto de atrito entre França e Alemanha.  

A chanceler alemã, Angela Merkel, ao lado do presidente francês François Hollande, em Bruxelas.
A chanceler alemã, Angela Merkel, ao lado do presidente francês François Hollande, em Bruxelas. Reuters
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Pela primeira vez nos últimos dois anos, os dirigentes da França e Alemanha não fizeram um encontro bilateral prévio para alinhar posições sobre a crise diante dos outros participantes da cúpula, o que demonstra que o tradicional casamento franco-alemão pode estar se enfraquecendo.

O presidente francês François Hollande preferiu se reunir em Paris com o primeiro-ministro da Espanha, Mariano Rajoy, antes de viajar de trem para Bruxelas. França e Espanha estimam que é preciso colocar liquidez no sistema financeiro europeu, de modo que todos os bancos possam ser consolidados, declarou Hollande na saída do encontro com o premiê espanhol.

Divergências

As discordâncias entre França e Alemanha se manifestaram antes mesmo da cúpula começar.  Diante dos jornalistas concentrados na entrada do prédio, François Hollande, que participa pela primeira vez de um alto encontro europeu, declarou que " é preciso agir imediatamente para o crescimento, sem o qual não será possível atingir os objetivos de redução dos déficits e os bônus europeus, forma de mutualizar as dívidas dos membros da zona do euro, fariam parte desta discussão".

A ênfase ao crescimento, defendida por Hollande, é oposta à posição da chanceler Angela Merkel, que sustenta o crescimento, mas tem como alvo principal a austeridade fiscal e as reformas. Na era Sarkozy, Merkel tinha um aliado; com Hollande, ela enfrenta um outro ponto de vista e vai ter que negociar. Hollande tem apoios, entre eles, o do primeiro-ministro italiano, Mario Monti, e do presidente da Comissão Europeia, José Manuel Barroso.

Bônus europeus, não!

A chanceler alemã, que chegou ao local poucos minutos depois de François Hollande, rebateu suas declarações aos jornalistas, declarando abertamente que os bônus europeus não contribuiriam para o crescimento. Merkel analisa que a proposta de Hollande só seria viável com uma união fiscal sólida na zona do euro, o que não é o caso hoje em dia, segundo ela.

 

 

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