Líderes europeus reúnem-se em Frankfurt para preparar cúpula da zona do euro

O presidente francês Nicolas Sarkozy e a chanceler Angela Merkel reuniram-se nesta quarta-feira em Frankfurt para preparar a Cúpula da zona do euro, que acontece neste domingo em Bruxelas. O foi para acertar os detalhes de um plano para evitar uma grave recessão no continente e a moratória grega, que será anunciado no final de semana.

Angela Merkel e Nicolas Sarkozy, na durante uma coletiva de imprensa, no dia 9 de outubro de 2011. Reuters/Fabrizio Bensch

O presidente do Banco Central Europeu, Jean Claude Trichet, e seu sucessor, Mario Draghi, e a diretora-geral do FMI, Christine Lagarde, também participaram desta reunião preparatória. O encontro, classificado como "informal", teve ainda a participação do presidente do Conselho Europeu, Herman Van Rompuy, e o da Comissão Europeia, José Manuel Durão Barroso, que estavam em Frankfurt para o jantar de despedida de Trichet, que está deixando o comando do BCE.

Nenhuma declaração oficial foi divulgada depois da reunião, que acontece um dia depois da agência de notação Moody’s anunciar o rebaixamento em dois graus da nota de classificação de risco da Espanha. Na véspera, a agência também ameaçou retirar o triplo A da França em três meses. Em Frankfurt, Merkel disse ter certeza que a Europa encontrará uma solução para a crise, e voltou a defender a mudança dos tratados europeus para facilitar a coordenação política, alvo de críticas de outros países, como os Estados Unidos.

O mercado financeiro aguarda com expectativa a reunião deste domingo, que será decisiva para evitar uma recessão a curto prazo. Na ocasião, os dirigentes europeus vão discutir um plano de recapitalização dos bancos,  detalhar as modalidades de atribuição dos recursos que compõem o Fundo Europeu de Estabilidade Financeira, e esclarecer a estratégia em relação à situação grega, cuja crise econômica ameaça cada vez mais o bloco. Os líderes também deverão dar o último aval para a liberação da parcela de 8 bilhões de euros da Grécia, que deve ser paga em novembro para evitar a moratória. A dívida grega, que atinge 162% do PIB, deve atingir 357 bilhões de euros neste ano.