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Noruega/Crime

Familiares das vítimas visitam pela primeira vez ilha após o massacre

Cerca de 500 parentes e amigos das vítimas do massacre da ilha de Utoyea, na Noruega, visitaram nesta sexta-feira o local onde o extremista, Anders Behring Breivik, matou 69 pessoas durante um encontro de jovens de um partido político de direita, no final de julho.

Familiares e amigos das vítimas desembarcam na ilha de Utoeya onde ocorreu o massacre.
Familiares e amigos das vítimas desembarcam na ilha de Utoeya onde ocorreu o massacre. Reuters
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Também nesta sexta-feira, Breivik, autor confesso do massacre, compareceu pela segunda vez diante de um juiz que deverá se pronunciar sobre a prorrogação, por mais 4 semanas, de sua detenção em uma cela isolada.

“Estar confinado sozinho em uma pequena cela é difícil”, declarou Geir Lippestad, advogado de Breivik, jovem extremista de 32 anos que abriu fogo contra centenas de jovens que participavam de um encontro político na ilha, distante cerca de 40 quilômetros a noroeste de Oslo.

Visita

A visita de familiares e amigos das vítimas foi organizada pela Segurança Civil norueguesa, que impediu o acesso da imprensa ao local. Um dispositivo de apoio, incluindo a presença de psicólogos, religiosos e policiais orientados a responder qualquer tipo de pergunta, foi colocado à disposição das famílias e pessoas próximas das vítimas que entraram na ilha pela primeira vez após a tragédia.

“Se eles desejarem, os familiares podem pedir aos policiais que mostrem o local onde os corpos foram encontrados”, explicou um dos responsáveis pela Segurança Civil da Noruega. A maior parte das vítimas era adolescentes, o mais novo deles com 14 anos.

Para o professor do Centro de estudos da violência e do stress pós-traumático, Lars Weisaeth, uma visita ao local do crime é uma etapa essencial para as famílias. “O mais importante é tentar compreender o incompreensível”, disse Lars à agência AFP, explicando que muitos dos familiares buscam respostas para uma dúvida comum a todos eles: “será que o meu filho sofreu ?”.

“Minha experiência mostra que suportamos melhor a realidade do que as incertezas”, afirmou. “Trata-se também de um gesto de solidariedade com a pessoa desaparecida. Colocar-se no lugar onde ela se encontrava em seus últimos instantes de vida, significa aproximar-se dela”, disse o especialista.

Neste sábado, será a vez dos sobreviventes do massacre e seus parentes, cerca de mil pessoas no total, a visitar a ilha de Utoyea.
 

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