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Egito/atentado

Autoridades temem atentados contra igreja copta na Europa

Na Alemanha, país com grande comunidade copta, a chanceler Angela Merkel condenou o atentado em um telegrama ao presidente egípcio Hosni Moubarak. As autoridades também temem ataques em solo alemão. Na França, uma investigação também foi aberta depois da queixa feita por um responsável da igreja.  

Manifestação diante da igreja Copta em Alexandria, no dia 2 de janeiro de 2011.
Manifestação diante da igreja Copta em Alexandria, no dia 2 de janeiro de 2011. Reuters / Asmaa Waguih
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As medidas de segurança também foram reforçadas em todas as igrejas cristãs no Egito.Dezessete pessoas foram presas nesta segunda-feira, suspeitas de participar do atentado contra a Igreja Copta em Alexandria, no Egito, que matou 21 pessoas no sábado passado. Os primeiros indícios apontam para uma ação da rede terrorista Al Qaeda, como explica Djanira Couto, historiadora da escola de altos estudos em Ciências Sociais de Paris. "Uma das possibilidades é que a Al Qaeda tenha mudado de tática e esteja utilizando as comunidades cristãs, com a ideia de atacar os infiéis de comunidades interpostas, já que não podem fazer atentados verdadeiramente no seio do mundo ocidental". A tensão aumenta a poucos dias do Natal ortodoxo, na quinta-feira. O governo egípcio também reforçou a segurança nos portos e aeroportos, temendo novos ataques.

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Djanira Couto, historiadora da escola de altos estudos em Ciências Sociais de Paris

O atentado desencadeou uma série de confrontos. Dez coptas foram feridos em brigas com policiais durante protestos no centro do Cairo, onde centenas de religiosos se concentraram em frente à Catedral São Marcos, sede do patriarcado copta ortodoxo. Os manifestantes agrediram verbalmente os líderes religiosos que vinham dar pêsames às famílias dos mortos. Na dispersão da passeata, mais de mil pessoas se espalharam pela cidade, jogando pedras e dando chutes nos carros.

As autoridades locais calculam que cerca de um milhão de coptas manifestaram na frente do Ministério das Relações Exteriores e diante de centros televisivos. Em Alexandria, segunda maior cidade do país, também houve protestos.A Itália pediu que a questão da violência e da discriminação contra os cristãos seja debatida no Conselho dos Ministros Europeus das Relações Exteriores, previsto para 31 de janeiro. O Egito em 90 milhões de habitantes, entre 6 a 10% desta população é copta.

Na Alemanha, país com grande comunidade copta, a chanceler Angela Merkel condenou o atentado em um telegrama ao presidente egípcio Hosni Moubarak. As autoridades também temem ataques em solo alemão. Na França, uma investigação também foi aberta depois da queixa feita por um responsável da igreja.
 

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