Bolsas de Valores despencam por causa de progressão da variante Delta
As principais Bolsas de Valores do mundo abriram a semana em queda acentuada. O avanço da variante Delta da Covid-19 em vários países é apresentado como principal causa da instabilidade do mercado financeiro.
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No início da tarde desta segunda-feira (19) na Europa, a Bolsa de Londres perdia 2,62%, enquanto Paris registrava queda de 3,09% e Frankfurt, 3,04%. O pregão em Milão foi um dos que mais recuaram, com uma baixa de 3,79%.
Nos Estados Unidos, a Bolsa de Nova York também abriu em queda. O Dow Jones perdeu mais de 2% logo no início dos trabalhos e o índice Nasdaq caiu 1,72%. O mercado financeiro também registrou um recuo generalizado no continente asiático.
Segundo especialistas, a aceleração da variante Delta do coronavírus é a principal razão da instabilidade. “O crescimento futuro [da economia] com a progressão da cepa Delta é um assunto preocupante”, afirma Sebastian Paris Horvitz, economista do Banque Postale.
“A alta no número de novos casos e uma eficácia menor das vacinas afetam os índices de confiança”, completou Neil Wilson, analista do site Markets.com. Diante desse contexto, os investidores não querem correr riscos e preferem retirar suas ações do mercado, explicam os especialistas.
Turismo foi o que mais sofreu
Entre os setores mais afetados estão as empresas do turismo, atingidas diretamente pelas restrições sanitárias. As ações da companhia aérea Air France caíram 4,74%, a Lufthansa, 4% e a EasyJet, 8,32%. Já a gigante dos cruzeiros Carnival viu seu valor despencar 10,04%.
A incerteza sobre os resultados das decisões tomadas pelos governos também afeta o mercado financeiro. É o caso do fim das restrições sanitárias no Reino Unido, que alguns consideram precipitado diante do aumento de casos diários no país.
“Vamos ver se o ‘Freedom Day’ [como está sendo chamada esta segunda-feira pelos tabloides britânicos] vai criar novas preocupações ou se essa flexibilização levará a um endurecimento das restrições nas próximas semanas, o que poderia atrasar ainda mais a retomada econômica”, avalia Richard Hunter, analista na consultora Interactive Investor.
(Com informações da AFP)
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