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Com previsão de contração de 7,7% do PIB, zona do euro deve registrar pior recessão da história em 2020

O Produto Interno Bruto (PIB) da zona do euro deve registrar uma contração de 7,7% em 2020. A informação foi divulgada nesta quarta-feira (6) pela Comissão Europeia, que prevê a pior recessão da história do bloco.

Comissão Europeia prevê em 2020 a pior recessão da história da zona do euro devido à crise gerada pela pandemia de coronavírus.
Comissão Europeia prevê em 2020 a pior recessão da história da zona do euro devido à crise gerada pela pandemia de coronavírus. AFP/Archivos
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Depois de apresentar um crescimento de 1,2% em 2019, o PIB das 19 economias da zona do euro vai despencar devido à crise gerada pela pandemia de coronavírus. Mas, segundo a Comissão Europeia, em 2021, a previsão é de uma recuperação de 6,3%.

“A Europa está vivendo um impacto econômico sem precedentes desde a Grande Depressão”, afirmou o comissário europeu da Economia, Paolo Gentiloni. Segundo ele, a recessão em 2020 e a recuperação do bloco, no próximo ano, devem variar em cada país da zona do euro.

O crescimento esperado em 2021 depende de uma série de fatores, como o fim progressivo das medidas da quarentena, do gerenciamento da pandemia e que os os dispositivos de apoio orçamentário e monetário às economias, bem como os planos de cada país e do bloco, se mostrem eficazes.

Itália, Espanha e Áustria serão os países mais afetados

Se a crise provocada pelo coronavírus atinge todos os países, o impacto é vivido de forma desigual. Os países que mais devem sofrer com a situação são a Itália e a Espanha – não por acaso, as economias mais castigadas pela epidemia na União Europeia. Roma e Madri verão seu PIB encolher respectivamente de 9,5% e 9,4%. Já a Áustria terá uma queda de 5,5% no PIB.

Na França, a previsão é que o PIB registre uma queda de 8,2% neste ano para crescer 7,4% em 2021. Já na Alemanha, a recessão será de 6,5% neste ano, com uma recuperação de 5,9% em 2021.

“Essas divergências constituem uma ameaça para o mercado único e a zona do euro”, avalia Gentiloni. Segundo ele, a crise poderá ser atenuada por “uma ação europeia determinada e unida. Devemos vencer esse desafio”, reiterou.

A porcentagem de desempregados deve aumentar em 2,1 pontos até 9,6% em 2020. Os países que mais devem ver o número de pessoas perderem seus trabalhos são Grécia (19,9%), Espanha (18,9%), Itália (11,8%), França (10,1%) e Portugal (9,7%).

O déficit público aumentará até 6,5% até o final de 2020 na zona do euro, uma previsão que varia de acordo com cada país: Itália (11,1%), Espanha (10,1%), França (9,9%). Já a dívida pública chegará a 102,7% do PIB do bloco, um quadro liderado pela Grécia (196,4%) e Itália (158,9%).

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