OCDE prevê recessão mais forte no Brasil com queda de 2,8% do PIB em 2015

O cenário econômico piorou no Brasil e o PIB vai encolher 2,8% este ano, segundo a mais recente previsão da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) divulgada nesta quarta-feira (16). A recessão continua no país em 2016 com uma queda de 0,7% do PIB.

"As perspectivas de crescimento global são menos promissoras e incertas, afirma Catherine L. Mann, economista-chefe da OCDE, durante coletiva sobre as previsões de crescimento mundial para 2015 e 2016.

Em junho, a organização previa a retomada do crescimento no Brasil em 2016, com um aumento de 1,1% do PIB. A OCDE destaca que o Brasil e outras economias emergentes como a Rússia experimentam "profundas recessões combinadas com uma inflação bastante alta".

O desempenho do Brasil também é bastante afetado pela desaceleração da economia chinesa, mais forte do que previsto anteriormente. O crescimento da China será de 6,7% em 2015 e de 6,5% no ano seguinte, representando "um risco para toda a economia mundial", segundo a OCDE.

A OCDE reduz a previsão de crescimento global em 2015 de 3,1% para 3%. facebook.com/theOECD

"A retomada avança em economias desenvolvidas, mas as perspectivas continuam a se deteriorar em várias economias emergentes", diz o relatório da OCDE intitulado "Enigmas e incertezas".

Segundo as novas previsões da OCDE, a economia mundial irá crescer 3% este ano e 3,6% no ano que vem, contra 3,1% e 3,8% previstos anteriormente .

A OCDE está preocupada e teme que a desaceleração chinesa aumente a turbulência financeira no momento em que o Federal Reserve, o Banco Central dos Estados Unidos está prestes a aumentar suas taxas de juros.

(Abaixo, a divulgação do relatório na sede da OCDE, em Paris)