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G20/FMI/Washington

Reuniões do G20 e do FMI discutem risco de deflação na Europa

Os ministros das Finanças do G20 se reúnem nesta quinta-feira (10), em Washington, véspera da abertura do encontro semestral do Fundo Monetário Internacional (FMI) e do Banco Mundial (BM). O ministro da Fazenda, Guido Mantega, e o presidente do Banco Central do Brasil, Alexandre Tombini, participam dos eventos que vão discutir, principalmente, as tensões geopolíticas provocadas pela crise na Ucrânia, o risco de deflação na zona do euro e o crescimento moroso da economia mundial.

A diretora-gerente do FMI, Christiane Lagarde.
A diretora-gerente do FMI, Christiane Lagarde. REUTERS/Kevin Lamarque
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Antes da reunião do G20, os ministros das Finanças do G7 discutem hoje à tarde, em Washington, as consequências econômicas do conflito na Ucrânia. O país está à beira da falência. Fontes diplomáticas já adiantaram que o assunto virou prioridade diante dos riscos de um desmembramento do país e das novas ameaças dos ocidentais de aplicar mais sanções econômicas à Rússia, em represália a uma possível intervenção militar de Moscou em cidades do leste da Ucrânia.

Brasil fora da pauta

O Brasil não tem grandes pautas para levar ao FMI e ao G20. O fraco crescimento do país é provocado por erros de gestão do governo brasileiro. A discussão sobre a guerra cambial, introduzida pelo ministro Mantega em reuniões anteriores, não tem mais como ser sustentada atualmente. O retorno de uma política monetária mais equilibrada nos Estados Unidos acalmou o movimento de fuga de capitais que impactou os emergentes nos últimos meses.

O Banco Mundial afirma em seu relatório "Fluxos Internacionais para a América Latina: Problemas à Vista?" que a América Latina e o Caribe estão apresentando um fluxo de investimento mais estável do que várias outras regiões. Apesar disso, o BM não afasta a preocupação com o lento ritmo de crescimento da região.

Risco de deflação

No momento, a principal preocupação das autoridades financeiras é o risco de deflação na zona do euro. Uma queda prolongada nos preços poderia frear a atividade econômica, o que teria um efeito devastador nas finanças públicas nos países europeus, que já estão bastante fragilizados. Porém, o bloco vai argumentar que o risco de deflação na Europa, neste momento, é "muito pequeno", de acordo com o presidente do Banco Central Europeu (BCE), Mario Draghi.

Grécia volta aos mercados

Outro assunto em pauta no encontro do FMI é a situação da Grécia. A duras penas, o país tenta se recuperar da crise e reconquistar a confiança dos mercados.

O Tesouro grego passou por um teste importante nesta quinta-feira: realizou com sucesso uma operação de venda de títulos públicos, o que não fazia há quatro anos. Segundo o primeiro-ministro grego, Evangelos Venizelos, os mercados demonstraram interesse pelos títulos com vencimento em cinco anos e a boas taxas de juros (4,75%). O governo grego pretendia arrecadar 2,5 bilhões de euros com a venda dos bônus e acabou captando 3 bilhões de euros. 

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