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Economia/ zona do euro

Inflação na zona do euro cai para o menor índice desde 2009

A inflação na zona do euro atingiu em março o menor nível desde novembro de 2009, de acordo com dados publicados nesta segunda-feira (31). O índice baixo aumenta as expectativas de o Banco Central Europeu (BCE) tomar medidas para frear a ameaça de deflação no bloco.

Os aposentados gregos afetados pela inflação, se preocupam com a queda de suas pensões.
Os aposentados gregos afetados pela inflação, se preocupam com a queda de suas pensões. © Getty Images/Milos Bicanski
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A agência de estatísticas Eurostat informou nesta segunda-feira que a inflação ao consumidor anual nos 18 países que adotam o euro foi de 0,5% em março, uma desaceleração no ritmo de alta dos preços, que havia sido de 0,7% em fevereiro. A expectativa era de uma taxa de 0,6%, que já seria preocupante para o bloco em recuperação após um período de recessão.

A inflação de abaixo de 1% por seis meses consecutivos está na “zona de perigo” do BCE, como avaliou o presidente da instituição, Mario Draghi. O valor é o mais baixo dos últimos 52 meses. A alta dos preços nos setores de alimentação, bebidas alcoólicas e tabaco foi, mais uma vez, compensada pela redução dos preços da energia.

Expectativa de medidas

O índice em queda aumenta as chances de o BCE cortar a taxa de juros para estimular a alta dos preços. A decisão pode ser tomada na próxima reunião do conselho da instituição, na quinta-feira. Também cresceram as especulações de que o banco central adote outras medidas mais radicais, como a compra de títulos, a exemplo do que fez o governo americano.

A Páscoa tardia neste ano, que adiou o impacto da alta dos preços de viagens e hotéis, pode levar o órgão a esperar até a reunião de junho antes de agir. O BCE, cuja meta é de inflação pouco abaixo de 2% neste ano, deixou a taxa de juros inalterada em 0,25% em março, argumentando que os riscos de deflação no bloco eram limitados.

A ocorrência de deflação é perigosa porque cria um círculo vicioso: queda dos preços, do consumo e dos investimentos, o que resulta em redução dos salários e das vagas de emprego. A agência Moody’s advertiu que um longo período de inflação baixa seria prejudicial à retomada da economia na Europa. Há um ano, a taxa na zona do euro era de 1,7%.
 

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