Itália aprova projeto de reforma do mercado de trabalho
A Itália adotou nesta sexta-feira em conselho de ministros um projeto de reforma do mercado de trabalho. A decisão, que foi anunciada como uma medida de flexibilização para favorecer o crescimento econômico, vem sendo contestada pelos sindicatos, que anunciaram uma greve geral para as próximas semanas.
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Eles se opõem, sobretudo, a modificação do artigo que protege os trabalhadores de empresas com mais de 15 funcionários de serem demitidos "sem justa causa" e temem uma onda de demissões em massa caso a reforma entre em vigor.
O documento deve alterar o sistema de seguro desemprego, abolir os estágios gratuitos e impedir que contratos de trabalho temporários ultrapassem 36 meses. Também estão previstas medidas que favorizem a igualdade dos sexos, tornando obrigatória a licença paternidade e aplicando nas empresas públicas uma quota para mulheres nos cargos de direção.
A medida se insere na política do governo de Mario Monti de reequilibrar as contas públicas, reformar o regime de aposentadorias e adotar ações liberais como solução para tirar o país da crise econômica. « Se trata de uma reforma esperada longamente pela Itália e desejada pela União Europeia », alegou o governo através de um comunicado. O texto ainda pode ser modificado no Parlamento italiano, antes de ser adotado definitivamente, o que pode demorar ainda alguns meses.
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