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Crise/Euro

Fusão de bancos na Grécia gera euforia na bolsa de Atenas

A fusão dos bancos Eurobank e Alphabank, com aporte do fundo de investimentos do Catar, cria o maior banco da Grécia e marca o início do aguardado plano de reestruturação do setor bancário no país. Hoje, o economista americano Joseph Siglitz recomendou à BCE baixar sua taxa de juros, seguindo a tendência do banco central americano.

O economista americano Joseph Stiglitz.
O economista americano Joseph Stiglitz. wikimedia
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A bolsa de valores de Atenas chegou a subir 9% nesta segunda-feira, pouco antes do anúncio da fusão dos bancos Eurobank e Alphabank, segundo e terceiro maiores bancos do país. A fusão, viabilizada com o apoio do fundo de investimentos do Catar (fundo Paramount), cria o maior banco da Grécia e marca o início do aguardado plano de reestruturação do setor. Juntos, o Eurobank e o Alphabank terão 146 bilhões de euros em ativos, formando uma rede de 1.300 agências, em oito países da região sudeste da Europa.

A direção do novo banco destacou que a participação do Catar, classificado com triplo A pelas agências de classificação de risco, reforça o banco em suas tentativas de reduzir os custos de seus refinanciamentos.

No último fim de semana, a diretora gerente do FMI, Christine Lagarde, preconizou a recapitalização de urgência dos bancos europeus para evitar um contágio dramático na zona do euro.

Economista Joseph Stiglitz recomenda redução de juros da BCE

O economista americano Joseph Stiglitz, prêmio Nobel de Economia em 2001, recomendou ao Banco Central Europeu (BCE) um rebaixamento de sua taxa diretora para estimular a economia na zona do euro. Stiglitz disse, em entrevista ao jornal alemão Handelsblatt, que a BCE deveria seguir o exemplo do banco central americano (FED), que pretende manter sua taxa de juros em 0% durante vários anos.

Joseph Stiglitz é um economista crítico do liberalismo e seus excessos. Ele estima que a atual política monetária da BCE prejudica o euro e as exportações alemãs. Na opinião de Stiglitz, "a BCE deveria rever suas altas recentes de abril e julho, que elevaram os juros de 1% para 1,5%, levando em consideração a tendência assinalada pelo FED". Comentando um cenário hipotético de explosão da zona do euro, o economista afirmou que nesse caso seria melhor a Alemanha deixar a união monetária, em vez de submeter a Grécia à exclusão. Segundo Stiglitz, os eurobônus e as obrigações europeias são bons instrumentos para controlar a crise.

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