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Crise/ bolsas

Bolsas europeias encerram em forte queda nesta segunda

As bolsas europeias bem que tentaram resistir ao aumento tensões neste primeiro dia de atividade após o rebaixamento da nota soberana dos Estados Unidos,  mas acabaram afundando logo depois da abertura do pregão de Nova York, às 15h30 no horário europeu (10h30 em Brasília). Anúncios de líderes europeus barraram a queda dos índices em um primeiro momento, mas não evitaram que os mercados nas principais cidades do continente fechassem em forte queda.

Bolsa de Frankfurt teve queda de mais de 5% nesta segunda-feira.
Bolsa de Frankfurt teve queda de mais de 5% nesta segunda-feira. REUTERS/Pawel Kopczynski
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A bolsa de Paris encerrou com -4,68%, a de Londres fechou em -3,39% e a de Frankfurt registrou baixa de 5,02%. As de Moscou foram as que registraram maior queda, de 7,84% e 5,5%. A Espanha a Itália, a quarta e a terceira economias da zona do euro e que se encontram no centro do furacão especulativo, recuaram com menos intensidade, graças ao anúncio do Banco Central Europeu, de que compraria títulos das dívidas dos dois países. A bolsa de Madri fechou em -2,44% e a de Milão, em -2,43%.

Os pregões europeus chegaram a operar em alta nesta manhã, logo após a decisão do BCE. Entretanto, na medida em que a abertura de Wall Street se aproximava, todos os índices começaram a despencar. São Paulo também abriu em baixa de 4,5%, e os mercados asiáticos encerraram todos com números negativos.

Na sexta, a agência Standard & Poor’s baixou a nota americana de AAA, atribuída aos empréstimos mais confiáveis do mundo, para AA+. A medida multiplicou os temores dos mercados sobre o futuro da economia dos Estados Unidos, a maior potência mundial, que está afundada em mais de 14 trilhões de dólares em dívidas. Hoje, os pregões nova-iorquinos reagiram com pessimismo à notícia: a Nasdaq iniciou com queda de 2,91% e a Dow Jones começou com baixa de 2,29%.

Europeus divididos

Além das incertezas sobre a economia americana, as tensões sobre a crise na zona do euro persistem, ainda que os países do G20 e do G7 tenham intensificado as declarações de garantias. “A degradação da nota america acorda os piores cenários sobre a economia mundial”, avalia Eric Edelfelt, gestor de ações da Meeschaert Gestion Privée, em Paris. "Podemos imaginar de tudo, como a degradação das notas dos países da zona do euro, por exemplo.”

Face às incertezas, o presidente da Comissão Europeia, José Manuel Barroso, e o comissário europeu para os Assuntos Econômicos, Olli Rehn, pedem aos países da zona do euro que “reavaliem” os recursos disponíveis no Fundo Europeu de Estabilidade Financeira, responsável por socorrer economias em crise. Mas este ponto é alvo de divergência entre os dois principais motores da Europa, a França e a Alemanha. Enquanto os franceses se dizem dispostos a aumentar o poder do fundo, os alemães consideram que ele “deve permanecer como está”.

O fundo foi criado em 2010 para ajudar Portugal a superar a crise e tem uma capacidade de empréstimo de 440 trilhões de euros, considerados insuficientes para salvar um país como a Itália, se necessário.
 

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