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Bolsas/Dívida EUA

Medo de rebaixamento da nota americana derruba bolsas

Mais um dia tenso nas bolsas da Ásia e Europa. Apesar do presidente Barack Obama já ter sancionado a lei que garantiu um aumento do teto da dívida americana, evitando um calote do governo, os mercados continuam tensos diante das incertezas sobre o futuro da atividade econômica nos Estados Unidos e no mundo.

A Bolsas europeias abriram a quarta-feira em baixa, seguindo a tendência da Ásia.
A Bolsas europeias abriram a quarta-feira em baixa, seguindo a tendência da Ásia. REUTERS/Yuriko Nakao
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A aprovação e a rápida sanção pelo presidente Barack Obama da lei que evita o calote histórico dos Estados Unidos não conseguiram tranquilizar os mercados. Pelo segundo dia consecutivo, as principais bolsas do planeta estão no vermelho. Como o índice americano Dow Jones, que perdeu ontem 2,2%, as bolsas asiáticas também fecharam hoje em forte queda: Tóquio caiu 2,11%, Hong Kong 1,91% e Sydney 2,27%. Na Europa, os principais pregões também encerraram-se em baixa de 1,93% em Paris, 2,25% em Londres, 2,43% em Frankfurt e 1,5% em Milão.

Apesar do calote ter sido evitado, os investidores estão preocupados com as perspectivas econômicas americanas e temem que a nota máxima dos Estados Unidos seja rebaixada pela agências de risco. Duas agências, Moody's e Fish mantiveram a nota AAA para o grau de investimento no país, mas a Moody's colocou o rating americano em perspectiva negativa. A Standard & Poor's ainda não revelou sua decisão, mas não descarta um rebaixamento da nota americana.

A agência de risco chinesa Dagong, que já não concedia a nota máxima aos Estados Unidos, não hesitou e reduziu imediatamente o rating do país de A positivo para A negativo. A China, o principal credor dos Estados Unidos, disse nesta quarta-feira que Washington não conseguiu desarmar a “bomba da dívida” e que Pequim vai continuar a diversificar seus investimentos em moedas estrangeiras. O dólar continua perdendo terreno no mercado de câmbio internacional.

Crise da dívida nos países europeus

Além dos sinais de fragilidade da economia americana, os investidores também temem a crise da dívida nos países europeus que pode atingir Espanha e Itália. Para tentar acalmar os especuladores, o primeiro-ministro Silvio Berlusconi deve anunciar esta tarde medidas importantes, no Parlamento italiano. Ontem à noite, o comitê para assegurar a estabilidade financeira do país, que reúne as principais autoridades econômicas da Itália, garantiu que o sistema bancário e financeiro italiano são sólidos e lamentou que o país seja alvo de especulações sobre suas dívidas.

O chefe de governo espanhol, José Luiz Rodrigues Zapatero suspendeu o início de suas férias e convocou uma reunião para acompanhar as reações do mercado.
 

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