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Crise/ zona euro

Incertezas fazem bolsas europeias operarem em baixa

As bolsas de Paris, Londres, Frankfurt, Milão e Madri, assim como outras praças europeias, operam em forte queda na manhã desta terça-feira. Sofrendo respingos das incertezas na Europa, as bolsas asiáticas encerraram o pregão em baixa.

O presidente do Banco Centrol Europeu, Jean-Claude Trichet (à esquerda) e o ministro das Finanças grego, Evangelos Venizelos, em Bruxelas.
O presidente do Banco Centrol Europeu, Jean-Claude Trichet (à esquerda) e o ministro das Finanças grego, Evangelos Venizelos, em Bruxelas. Reuters
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Após uma reunião de oito horas, ontem, em Bruxelas, os ministros das Finanças da zona do euro não chegaram a um acordo e admitiram que pode haver moratória de parte da dívida grega, aumentando o temor de contágio da crise à Espanha e à Itália. As discussões continuam hoje, ampliadas aos ministros das Finanças da União Europeia. Mas o ministro italiano da Economia, Giulio Tremonti, não vai participar: ele decidiu antecipar seu retorno à Itália para acelerar a organização de um plano de rigor econômico, em resposta ao nervosismo dos mercados financeiros em relação ao país.

“Volto para Roma para finalizar o meu plano de rigor”, declarou rapidamente à imprensa ao deixar a reunião ministerial em Bruxelas. Na perspectiva de que as agências de notação internacionais visem a dívida da Itália nos próximos dias, em 30 de junho o governo italiano havia adotado um plano que prevê economias de 40 bilhões de euros. A maior parte das medidas será adotada em 2012 e 2013, prazo que provoca incertezas nos mercados sobre a capacidade de o país cumprir as metas.

Ontem, a chanceler alemã, Ângela Merkel, havia telefonado para o primeiro-ministro italiano, Silvio Berlusconi, para pressioná-lo a adotar as medidas o mais rápido possível. O déficit público da Itália chegou a 4,6% do PIB em 2010, a dívida do país atinge 1,9 trilhões de euros, ou 120% das riquezas italianas.

Falta de consenso

Em Bruxelas, o principal ponto de discórdia entre os ministros das Finanças dos 17 países que adotam o euro se concentra em qual deve ser a participação do setor privado em um segundo plano de ajuda financeira à Grécia. Os debates, classificados como “intensos”, conforme o relato de vários diplomatas à imprensa, devem continuar nos próximos dias, apesar do encerramento do encontro, hoje à tarde.
 

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