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FMI

Termina hoje prazo para candidatura à chefia do FMI

Chega ao fim nesta sexta-feira o prazo para os candidatos entrarem na disputa a um dos postos de maior relevância econômica e financeira do mundo – o de diretor-gerente do Fundo Monetário Internacional. A ministra francesa da Economia, Christine Lagarde, é a favorita para o cargo.

A ministra francesa das Finanças, Christine Lagarde
A ministra francesa das Finanças, Christine Lagarde Reuters
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Colaboração de Raquel Krähenbühl, correspondente da RFI em Washington

Até o momento, apenas três pessoas oficializaram suas candidaturas. O presidente do Banco Central do Cazaquistão, Grigory Marchenko, tem o apoio da Rússia e de alguns países da ex-União Soviética. Outro que está na disputa é o presidente do Banco Central do México, Agustín Carstens, que tem no currículo alguns anos de experiência como diretor-executivo e vice-diretor gerente do Fundo. Trevor Manuel, ex-ministro da Economia da África do Sul, anunciou que não vai se candidatar ao posto. Seu nome circulava como opção de representante de um país emergente. Mas a favorita para substituir Dominique Strauss-Khan, é a ministra francesa da Economia, Christine Lagarde. Ela conta com o respaldo dos parceiros europeus, que detêm pouco menos de um terço dos votos no FMI.

Os Estados Unidos, que têm 17% dos votos, ainda estão em silêncio. Mas há indicações de que os americanos devem acabar fiéis ao pacto com os europeus e apoiar novamente um candidato do continente. Se isso se confirmar, Lagarde pode obter quase a metade dos votos.

Os emergentes, apesar de insistirem que as regras do Fundo estão ultrapassadas e pedirem uma reforma para terem mais voz na instituição, não se uniram para indicar um candidato próprio. E agora, algumas das nações em desenvolvimento já estão concordando que Lagarde pode ser a melhor opção por ter mais habilidade do que Carstens para aumentar a influência dos emergentes no FMI. A candidata francesa, que já fez campanha no Brasil, na Índia e na China, tem insistido que sua prioridade é levar até o fim a reforma da instituição para que os emergentes tenham mais força.

A primeira parte do processo de seleção chegou ao fim e a partir de agora o FMI não aceita novos candidatos. Os nomes dos aspirantes ao cargo vão ser encaminhados à diretoria-executiva nesta sexta-feira. A porta-voz do Fundo, Caroline Atkinson, disse não saber quantos candidatos estão concorrendo, já que o fundo mantém os nomes em sigilo.

Se o número de candidatos for maior que três, o que não é esperado, mas é possível, tendo em vista o sigilo do Fundo, a diretoria deve chegar a uma lista com três finalistas em uma semana. Se o número de candidatos for mesmo três, a instituição deve anunciar oficialmente quem está concorrendo até o começo da próxima semana. O diretor-gerente do FMI vai ser eleito pela diretoria-executiva por consenso e esse nome dever ser conhecido no dia 30 deste mês.
 

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