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Crise/Uniao Europeia

Após euforia, bolsas europeias voltam a registrar fortes baixas

Depois de uma segunda feira eufórica, em reação ao mega pacote de 750 bilhões de euros anunciado pela União Europeia e o FMI para proteger a moeda euro dos ataques especulativos e ajudar países do bloco em dificuldade, as principais bolsas europeias e asiáticas voltaram a operar em baixa nesta terça-feira.

Bolsas asiáticas e europeias voltam a registrar quedas, após euforia.
Bolsas asiáticas e europeias voltam a registrar quedas, após euforia. Reuters
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Em Tóquio, o índice Nikkey fechou em baixa de 1,14% e Xangai com menos 1,90%. Na Europa, as principais bolsas abriram em forte queda. Paris recuou 1,78% na abertura, Frankfurt, 1,59%, Amsterdam, 1,13% e Londres recuou 1,66%. Na Espanha o índice IBEX que ontem fechou cima de 14%, registrou menos 3,55% no início das operações da bolsa de Madri.

As quedas não surpreenderam a ministra francesa da Economia, Christine Lagarde, que considerou a reação ontem das bolsas "excessiva". A instabilidade dos mercados reflete as incertezas sobre a capacidade de vários governos em apertar o cinto.

O secretário europeu para os assuntos econômicos, Olli Rehn, disse hoje que os ministros das Finanças da zona euro vão examinar, no próximo dia 18, medidas a serem adotadas por Espanha e Portugal para corrigir seus déficits. Mas ele avisou que outros países como a França não escapam da lição de casa.
 

Grécia
 

A Grécia vai pedir nesta terça-feira à União Europeia e ao Fundo Monetário Internacional (FMI) a primeira parcela, de 20 bilhões de euros, do plano de ajuda aprovado para o país enfrentar a sua grave crise econômica. A maior parte da parcela, de 14,5 bilhões será garantida pelo bloco europeu e o restante, 5,5 bilhões, pelo FMI.

O pedido será feito através de uma carta a ser enviada à Comissão Europeia, ao Banco Central Europeu e ao FMI. O governo grego quer uma liberação imedidata desses recursos. A iniciativa acontece após a aprovaçao, ontem, da reforma do sistema de aposentadorias, uma das medidas de austeridade exigidas para o governo grego ter acesso ao plano elaborado para socorrer o país. No dia 19 de maio, a Grécia precisar saldar dívidas de 9 bilhões de dólares.

França

A garantia financeira da França no mega pacote de estabilização da zona euro será de 88 bilhões de euros, o que corresponde à cota de 22% do país no Banco Central Europeu.

O governo francês insiste que esse dispositivo não vai aumentar o endividamento do país, por não se tratar de um empréstimo. Segundo a ministra das Finanças Christine Lagarde, essa garantia só se tornará dívida se o mecanismo de socorro for acionado por algum país membro em dificuldade para reembolsar as somas devidas ao fundo europeu de emergência. A ministra acha improvável que se alcance esse estágio.

Nesta terça-feira, Christine Lagarde discute com parlamentares o texto do dispositivo, para apresentá-lo na forma de um novo orçamento, que deverá ser aprovado pela oposição e a maioria governista. A oposição faz duras críticas ao plano de austeridade anunciado pelo primeiro-ministro François Fillon, que entre outras medidas impopulares, suprimiu uma ajuda de 150 euros, cerca 350 reais, a 3 milhões de famílias pobres.

Na Alemanha, os ministros do governo de Angela Merkel aprovaram esta manhã o mega pacote de socorro à zona euro. Mas depois de ter perdido a maioria no Senado nas eleições regionais de domingo, na Renânia do Norte, a chanceler Angela Merkel terá dificuldades para aprovar no parlamento alemão os 123 bilhões de euros de garantia da Alemanha ao fundo de estabilização da zona euro.

 

 

 

 

 

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