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União Europeia/FMI

Bolsas disparam com pacotão de €750 bilhões para zona euro

As bolsas de valores viveram um dia de euforia com o anúncio do plano de ajuda firmado pela União Europeia e FMI para salvar países da zona euro e proteger a moeda única europeia. O pacote foi decidido para evitar um contágio da crise grega aos vizinhos europeus e até outros países.

O pacote ao bloco europeu corresponde a quase a metade do PIB brasileiro em 2009.
O pacote ao bloco europeu corresponde a quase a metade do PIB brasileiro em 2009. Reuters
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O megapacote europeu não apenas tarnquilizou como fez os mercados registrarem altas expressivas nesta segunda-feira por toda a Europa.  A bolsa de Madri fechou o pregão com alta de 14,43%. Em Amsterdam,  7,33% .  Lisboa registrou recorde de 10,73%,  Londres 5,16% e Frankfurt 5,3%. Em Atenas a alta foi de 9,13%. O Cac 40 da bolsa parisiense fechou em alta de 9,66%. O euro, a moeda única europeia, também reagiu e fechou no mercado europeu cotado acima de US$1,30.

O acordo para blindar a economia europeia e protegê-la de ataques especulativos foi obtido após mais de 11 horas de negociação. O montante histórico do acordo é composto por três partes: 60 bilhões de euros virão de fundos já existentes da Comissão Europeia, a maior fatia - de 440 bilhões de euros - sob a forma de empréstimos bilaterais e de garantias para empréstimos para economias em dificuldade vem dos paises da zona do euro, e mais 250 bilhões de euros são do Fundo Monetário Internacional.

Além do esforço colossal para colocar essas quantias à disposição, o Banco Central Europeu também tomou a decisão inédita de comprar títulos da dívida pública e privada da zona euro. A instituição sempre foi reticente a esse tipo de medida e, até algumas semanas, descartava esse tipo de intervenção.

Mas, diante de "circunstâncias excepcionais dos mercados", como escreveu o proprio BCE, o banco voltou atrás. A operação envolve ainda o Fed, Banco Central dos Estados Unidos, que poderá oferecer empréstimos em caràter emergencial ao Banco Central Europeu. Outros bancos centrais pelo mundo também entraram no esforço conjunto para acalmar os mercados.

O Fed, o Banco Central do Canadá e da Suíça, pro exemplo, decidiram reativar os mecanismos "swap", ou seja de troca de divisas entre eles. Essa medida tem o objetivo de facilitar o acesso desses bancos à compra de dólares, o que é importante em casos de crise quando é necessário intervir no mercado rapidamente.

Já as economias mais debilitadas da zona do euro, Portugal, Espanha, terão que se comprometer a apertar os cintos e reduzir seus enormes déficits neste ano e no ano que vem como já fez a Grécia, país que desencadeou a espiral da crise.

Críticas aos britânicos

O anúncio do megapacote foi comemorado pelos ministros das Finanças dos países do G7 e pelo diretor-geral do FMI, Dominique Strauss Khan, mas a ausência do Reino Unido no esforço europeu foi motivo de críticas dentro do bloco. Os britânicos não quiseram participar do fundo conjunto emergencial.

Na avaliação do governo britânico, apenas os países que adotaram a moeda única europeia deveriam financiar o mecanismo de urgência. Mas para o secretário francês para assuntos europeus, Pierre Lellouche, "os destinos de todos estão ligados e não existe uma solução individual quando o ataque é global".
 

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