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Apesar de homenagens à Ucrânia, festival Eurovision 2023 consagra cantora sueca Loreen

Foi com a canção "Tattoo" que a cantora sueca Loreen venceu na noite de sábado (13) o festival Eurovision, o maior concurso musical do mundo. Essa 67ª edição do evento foi realizada em Liverpool, na Inglaterra, em homenagem à Ucrânia, que foi a vencedora no ano passado, mas não pôde sediar o festival neste ano devido à guerra. 

A cantora sueca Loreen, vencedora do Eurovision 2023, junto ao grupo ucraniano Kalush Orchestra, neste sábado (13).
A cantora sueca Loreen, vencedora do Eurovision 2023, junto ao grupo ucraniano Kalush Orchestra, neste sábado (13). AP - Martin Meissner
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Loreen já havia conquistado o Eurovision em 2012, e é a segunda artista a vencer duas edições do evento, depois do irlandês Johnny Logan, na década de 1980 e 1990. A vitória da cantora sueca ocorre 49 anos após o triunfo do lendário quarteto Abba. Desde que foi criado, em 1956, o evento foi vencido pela Suécia sete vezes.

Uma das grandes favoritas desta edição, a Finlândia ficou em segundo lugar com o cantor Käärijä, seguida por Israel. A França, representada pela cantora canadense La Zarra obteve a 16ª colocação entre os 26 finalistas.

Os artistas tiveram três minutos cada para convencer o júri e o público internacional. Neste ano, os telespectadores do continente americano e da Ásia, cujos países não participam da competição, também puderam votar.

Homenagem à Ucrânia

O grupo ucraniano Kalush Orchestra abriu o espetáculo com uma versão especial de "Stefania", uma mistura de hip-hop e música tradicional que os levou à vitória em 2022. Desta vez, a banda contou com o acompanhamento de dezenas de percussionistas vestidos de soldados no palco e a participação da princesa de Gales, Catalina, tocando piano em uma gravação em vídeo.

Pelo segundo ano consecutivo, a guerra na Ucrânia foi o pano de fundo do Eurovision. Nesta edição o país foi representado pelo duo de música eletrônica Tvorchi, com "Heart of Steel". A canção é inspirada na resistência ucraniana durante o cerco à usina siderúrgica de Azovstal, em Mariupol, pelas forças invasoras russas.

Minutos após sua apresentação, Tvorchi publicou no Instagram que a cidade natal do duo havia sido atacada pela Rússia. "Ternopil foi bombardeada pela Rússia enquanto cantávamos no palco do Eurovision sobre nossos fortes corações, indomabilidade e vontade", escreveu. "Europa, unida contra o mal pela paz", acrescentou Tvorchi. 

Liverpool sede do Eurovision 2023

Tradicionalmente o país vencedor sedia o concurso no ano seguinte. No entanto, a 67ª edição do festival não pôde ser realizada em Kiev devido à invasão russa, e o Reino Unido, que ficou em segundo lugar em 2022, assumiu a responsabilidade.

Várias das músicas concorrentes abordaram a temática da guerra. É o caso do cantor Remo Forrer, que representou a Suíça, levando uma mensagem de paz com "Watergun". Os extravagantes membros do grupo croata Let 3 não pouparam críticas ao presidente russo, Vladimir Putin, na canção "Mama SC!". Já as intérpretes tchecas da banda Vesna, realizaram uma homenagem cantando em ucraniano uma parte da música "My Sister's Crown". 

O Eurovision 2023 também foi marcado por uma polêmica: a dificuldade dos organizadores de impor a neutralidade política do evento. O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, foi impedido de transmitir uma mensagem na noite da final. Segundo a União das Transmissões Europeias (EBU, sigla em inglês) a natureza do evento "proíbe declarações políticas durante o concurso". Mas, pelo segundo ano consecutivo, a Rússia foi proibida de participar do Eurovision.

(Com informações da AFP

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