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Filme brasileiro “A Última Floresta” vence prêmio de público na sessão Panorama da Berlinale

Tendo como material de base a mitologia yanomami para denunciar a ação de garimpeiros e destruição da floresta amazônica, o longa-metragem “A Última Floresta”, do brasileiro Luiz Bolognesi ganhou o prêmio do público da mostra Panorama, do festival de cinema de Berlim, anunciado neste domingo (20).

A Última Floresta”, de Luiz Bolognesi, retraça a mitologia yanomami para denunciar garimpos ilegais, com roteiro coassinado pelo xamã e ativista Davi Kopenawa.
A Última Floresta”, de Luiz Bolognesi, retraça a mitologia yanomami para denunciar garimpos ilegais, com roteiro coassinado pelo xamã e ativista Davi Kopenawa. © Pedro J Márquez
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Único longa brasileiro na competição oficial da 71ª Berlinale, “A Última Floresta”, de Luiz Bolognesi, mistura documentário e ficção, denunciado garimpos ilegais e o desmatamento da floresta. O roteiro foi coassinado pelo xamã e ativista Davi Kopenawa. Os atores foram os próprios indígenas.

Bolognesi contou à RFI Brasil que a história de “A Última Floresta” surgiu enquanto filmava seu filme anterior, “Ex-Pajé”, vencedor do Prêmio Especial do Júri, na Berlinale de 2018. “Há aldeias e povos que ainda possuem um xamã muito forte, que luta e resiste para manter o centro deles de política, saúde e saber. Quis então fazer um filme que retratasse também este outro lado, a vitória da resistência”, explicou.

A 71ª edição da Berlinale aconteceu este ano em versão híbrida, com uma parte online e em presencial em junho. Os vencedores do prêmio de público dos filmes em competição pelo Urso de Ouro são: “Mr. Bachmann and his Class” (Alemanha), de Maria Speth, “I’m Your Man” (Alemanha), de Maria Schrader, e “Ballad of a White Cow” (Irã/França), de Behtash Sanaeeha e Maryam Moghaddam.

Livro fundamental

A leitura do livro “A queda do céu”, de autoria de Davi Kopenawa, num diálogo com o antropólogo francês Bruce Albert, publicado no Brasil pela Cia das Letras em 2015, foi definitivo para a decisão de Luiz Bolognesi convidar o xamã yanomami para juntos fazerem o longa-metragem “A Última Floresta”.

“Na minha opinião, além de tudo, como valor literário, esse é o grande livro que eu li no século 21. No século XX, o livro que mais me impressionou foi o Grande Sertão Veredas (de Guimarães Rosa, 1956); para mim ‘A Queda do Céu’ é o ‘Grande Sertão’ do século 21”, avalia o diretor.

O filme A Última Floresta”, de Luiz Bolognesi, deverá entrar em cartaz no Brasil no segundo semestre de 2021.

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