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“Choro está ganhando mais espaço na Europa do que no Brasil”, acredita Reco do Bandolim

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Reco do Bandolim e seu Grupo Choro Livre fizeram nesse final de ano uma nova turnê na Europa, que passou por quatro país. A recepção foi mais uma vez “calorosa”, levando o músico veterano a dizer que “o choro está ganhando espaço maior aqui do que no Brasil”.

Grupo Choro Livre, da esquerda para a direita: Henrique Neto, George Costa, Reco do Bandolim, Marcio Marinho e Valério Xavier.
Grupo Choro Livre, da esquerda para a direita: Henrique Neto, George Costa, Reco do Bandolim, Marcio Marinho e Valério Xavier. Divulgação
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Os shows europeus do Choro Livre começaram em Berlim e terminaram em Porto, Portugal, depois de passar por Viena e Roma. A turnê é organizada pelo Clube do Choro de Viena, que promove o ritmo na Europa. 

O grupo, baseado em Brasília, foi fundado por Reco do Bandolim, aliás Henrique Lima Santos Filho. O músico, natural de Salvador, é um dos pioneiros do movimento de valorização do choro, nos anos 1970, e dirige há 25 anos o Clube do Choro de Brasília. Reco do Bandolim também fundou a Escola Brasileira de Choro Raphael Rabello, primeira do país a ensinar e a transmitir o gênero musical genuinamente brasileiro.

“Você não pode evoluir sem compreender de onde veio”, ensina, lembrando, no entanto, que “os grandes músicos de choro foram autodidatas”. “O Brasil é um país virtuoso, sobretudo do ponto de vista cultural. O choro está na base, é a primeira manifestação genuína do Brasil, anterior ao samba. Aliás, o choro é anterior ao Jazz.”

Raízes europeias

Além de Reco do Bandolim, o grupo Choro Livre é formado por Henrique Neto (violão 7 cordas), George Costa (violão 6 cordas), Marcio Marinho (cavaquinho) e Valério Xavier (pandeiro). O repertório é clássico, mas com tendências modernas.

O grupo se apresenta no exterior pelo menos uma vez por ano e, mais uma vez, teve uma receptividade muito calorosa por onde passou. Na opinião de Reco do Bandolim, as raízes europeias do primeiro gênero musical brasileiro explicam essa boa recepção: “As primeiras manifestações do choro, em 1850, eram uma maneira de tocar os gêneros que vinham da Europa - polca, valsas de Viena, mazurcas. Isso veio até 1910, quando Pixinguinha pegou todo esse manancial, metabolizou e gerou de fato um gênero brasileiríssimo.”

Reco do Bandolim acredita que o choro está no “DNA da Europa” e isso explica, a seu ver, o grande interesse que se vê atualmente, nos Estados Unidos e na Europa, por essa música instrumental e popular brasileira.

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