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Rendez-vous cultural

Prince, um gênio musical em busca da perfeição

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O artista americano, considerado um gênio da música pop, morreu nesta quinta-feira (21) em Minneapolis. Ele deixa um legado excepcional e uma legião de fãs no mundo inteiro.

Admiradores homenageiam Prince com velas e rosas em Manhattan, em Nova York.
Admiradores homenageiam Prince com velas e rosas em Manhattan, em Nova York. REUTERS/Andrew Kelly
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Prince era uma voz, um look dandy punk, um corpo - sensual, viril, andrógino, bailarino - o domínio de todos os instrumentos, uma atitude criativa inspirada na mandala, ou seja, em eterno movimento e renovação. Prince também era mistério e silêncio, sendo raras as suas entrevistas. Em uma delas, quase monossilábico, ele fala sobre seu destino: "Sim, quando eu tinha em torno dos 12 anos soube que queria ser músico, e que queria fazer isso até o fim da minha vida".

No auge nos anos 80 e 90, com a fusão de solos de guitarra e ritmos funk, ele vendeu 80 milhões de discos, com sucessos planetários como Kiss, "Cream", "Girls and Boys".

Um aspecto famoso do artista era a sua exigência, a começar consigo mesmo. Prince estava sempre em busca da perfeição e todos os que o rodeavam - músicos, produtores, assessores - davam o máximo para estar à altura de suas expectativas.

Prince respirava música 24 horas por dia

O crítico musical Pierre Mikaïloff analisa a herança que o artista vai deixar:  "Eu acho que a palavra que melhor o define é a função de músico, ele era alguém que vivia,respirava música, ele vivia 24 horas por dia para a música; compunha sem parar, gravava sem parar, pensando na música noite e dia, comendo, dormindo, era realmente o músico absoluto. O que é extraordinário é que ele era, ao mesmo tempo, James Brown, Beatles, Rolling Stones, fez o rock puro e duro, o funk puro e duro, baladas como Purple Rain, baladas pop melódicas, românticas....

Pierre Mikaïloff também destaca o lado "homem de negócios", que lutou durante anos contra a indústria musical e o download gratuito na internet: "Prince também dirigiu filmes, começou com sucesso depois teve menos, mas era também um homem de cena, que sempre manteve uma relação muito próxima com seus fãs, principalmente nos anos 80, quando seus concertos eram uma maratona de 3 horas. Havia também os seus famosos "after shows", concertos-surpresa que ele dava em pequenas salas nas cidades em que estava se apresentando...".

Essa relação afetuosa com os fãs continuou até o fim de sua vida. Poucos dias antes da sua morte, Prince abriu para vizinhos e admiradores as portas dos seus estúdios de Paisley Park, em Minneapolis, cidade onde nasceu e que nunca deixou.

Sempre em busca de novas expressões e desafios, ele começou a curtir fazer shows sozinho, tocando piano. Era o que ele faria em Paris no fim do ano passado, no teatro do Opéra Garnier, show cancelado por causa dos atentados na capital, em novembro.

Se tem uma nova estrela brilhando em algum lugar do universo, por aqui só chove, uma chuva de cor púrpura ... Good-bye Prince....

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