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Espanha/Literatura

Espanha comemora os 400 anos do aniversário de morte de Cervantes

A Espanha comemora a partir desta sexta-feira (22) o quarto centenário da morte de seu escritor mais conhecido, Miguel de Cervantes. Várias cerimônias e eventos estão previstos para relembrar a data durante uma semana.

Ator faz performance no parlamento espanhol em homenagem a Miguel Cervantes.
Ator faz performance no parlamento espanhol em homenagem a Miguel Cervantes. REUTERS/Andrea Comas
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O autor de "Dom Quixote de la Mancha" morreu em 22 de abril de 1616, em Madri, aos 69 anos. No entanto, a data sempre foi lembrada no dia 23, quando foi o escritor foi enterrado, para que a cerimônia coincidisse com a morte de seu colega britânico e também mestre literário William Shakespeare.

"A obra de Cervantes é universal porque não está circunscrita a uma época e a um país, e sim fala de sentimentos. É uma obra muito atual", afirmou Javier Rodríguez Palacios, prefeito da localidade natal do escritor, Alcalá de Henares, perto de Madri.

A principal homenagem acontecerá no sábado (23), quando os rei Felipe e o chefe de Governo, Mariano Rajoy, viajarão à Alcalá de Henares para a entrega anual do Prêmio Miguel de Cervantes, que coroa a trajetória literária dos escritores em língua espanhola. Outras cidades do país também comemorarão a data, como Toledo, capital da árida região central de Castilla-la Mancha, que serviu de pano de fundo para boa parte do romance Dom Quixote. Lá será inaugurada uma estátua gigante do herói feita de marzipã, um dos produtos típicos da região.

Dom Quixote marcou literatura mundial

Personagem extravagante – sobreviveu a uma batalha naval, foi capturado por piratas, ficou cinco anos em cativeiro em Argel e passou vários períodos na prisão –, Cervantes é considerado o pai do romance moderno por "Dom Quixote", um dos livros mais lidos e traduzidos do mundo.

O retrato de um herói imperfeito, como qualquer outro homem, revolucionou a literatura na época e conseguiu um êxito imediato desde sua publicação em 1605. Desde então, inspirou autores como Jane Austen, Fiódor Dostoyevski, Gustave Flaubert e Mark Twain.

Apesar dos vários eventos programados para marcar o aniversário, vários acadêmicos e artistas expressaram sua frustração pela falta de entusiasmo por parte do governo em comemorar o maior escritor espanhol da história, especialmente em comparação com as celebrações britânicas pelo aniversário da morte de Shakespeare. O programa oficial, segundo eles, foi elaborado tardia e escassamente.

(Com informações da AFP)

 

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