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Dança/Callas

Balé sobre Maria Callas traz Marilena Ansaldi a Paris

“Paixão e Fúria – Callas, o Mito” é o título do espetáculo assinado pelo diretor de teatro José Possi Neto, apresentado no último final de semana, no Teatro dos Champs Elysées, em Paris. O balé homenageia a soprano americana de origem grega Maria Callas, um dos maiores fenômenos do mundo operístico. Em cena, outra grande homenageada é a bailarina brasileira Marilena Ansaldi, 80 anos.

"Paixão e Fúria : o Mito de Callas", em cartaz em Paris.
"Paixão e Fúria : o Mito de Callas", em cartaz em Paris. Divulgação
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Marilena entra em cena representando a personagem “Tosca”, um dos papéis mais memoráveis de Callas, que completaria 90 anos em 2013, ano de criação do espetáculo. A diva morreu em Paris, em 1977. Marilena volta aos palcos depois de seis anos de ausência. O show estreou no Brasil no ano passado e agora segue em turnê por Paris e Milão.

“O mundo da ópera se divide antes e depois de Maria Callas”, lembra Possi. A soprano, nascida em 1923, em Nova York, resgatou o caráter dramático da ópera, que havia se tornado apenas uma vitrine para o bel canto. O drama também fazia parte da vida pessoal de Callas, que recebeu formação musical na Grécia e depois na Itália. Um regime rigoroso no meio da carreira transformou-a de 120 kg a uma figura esbelta e vaidosa. Mas há também as críticas de que a perda de peso teve influência no declínio de sua voz.

Callas é lembrada também por ter tido uma feroz paixão pelo armador grego Aristóteles Onassis, com quem mantinha um romance até que o milionário resolveu se casar com Jacqueline Kennedy.

Em cena, a vida tempestuosa de Callas não segue uma linha cronológica, mas é divida por quadros, por etapas, que ficam à mercê da interpretação do espectador.

Participação especial

Maria Helena Ansaldi nasceu em São Paulo, em 1934, filha de um barítono italiano e de uma corista. Solista do Teatro Municipal de São Paulo nos anos 50, ela também dançou no Balé Bolshoi, nos anos 60. Casada com o crítico teatral Sábato Magaldi, Marilena foi a percussora da dança-teatro no Brasil.

A artista adaptou para a dança obras como Vestido de Noiva, de Nelson Rodrigues, e A Casa de Bernarda Alba, de Garcia Lorca. O primeiro trabalho com José Possi Neto foi a criação para Um Sopro de Vida, romance de Clarice Lispector, em 1979.

A coreografia de “Paixão e Fúria – Callas o Mito” tem a assinatura de Anselmo Zolla para a companhia Studio3 Cia de Dança, de São Paulo.

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