De 24 de abril a 4 de maio, acontece na capital portuguesa o IndieLisboa – Festival Internacional de Cinema Independente - que entra na sua 11a edição com reconhecimento internacional.

Projetados em diversas salas da capital portuguesa como o Culturgest, Cinema São Jorge, Cinema City Campo Pequeno e Cinemateca Portuguesa, os 240 filmes do festival reúnem a produção independente mais representativa do ano.

Nuno Sena, um dos diretores e programadores do Indie, explica: "O IndieLisboa é um festival global aberto a todos os formatos e gêneros cinematográficos como ficção, documentário, animação, em longa e curta metragem. A ideia é que o festival seja uma mostra daquilo que é mais estimulante e interessante na produção cinematográfica do ano com filmes de autores consagrados e jovens autores, numa mostra do que se faz de melhor no cinema em todo o mundo".

O IndieLisboa recebeu neste ano 4.000 filmes, dos quais foram selecionados 250. A data da abertura foi na quinta-feira (24), na véspera de 25 de abril, data comemorativa da Revolução dos Cravos, que devolveu a democracia aos portugueses, e projeções de filmes temáticos estão programadas. "Foi uma coincidência muito feliz e, é claro, tentamos encontrar na seleção que fizemos filmes recentes que revisitam, interrogam e recuperam a memória da história portuguesa", diz Nuno.

O IndieJunior, seção de filmes infantis do festival, comemora seus dez anos nesta edição. A seção tem um público cada vez mais fiel que cresce a cada edição, com crianças e jovens acompanhando dezenas de projeções.

Documentários na Suíça

Na cidade de Nyon, na Suíça, a 25 km de Genebra, começou em 25 de abril a 20a edição de "Visions du Réel", (Visões da Realidade), no Festival International de Cinéma de Nyon.

Considerado como um dos festivais de documentários mais importantes do mundo, "Visions du Réel" recebe cerca de 30.000 pessoas entre cinéfilos e profissionais.

Até 3 de maio, filmes inéditos dos quatro cantos do globo poderão ser apreciados neste festival, confirmado como o maior mercado europeu de filmes documentários.

Great Black Music!

Inventada nos anos 60 pelo Art Ensemble of Chicago para definir a fusão do jazz com os ritmos africanos, Great Black Music dá nome à super exposição que a Cité de la Musique, a Cidade da Música, dedica à música negra.

Aberta em 11 de março, a mostra está sendo um sucesso fenomenal de bilheteria. Convidado a fazer uma imersão sonora e visual, o visitante recebe um tablet com o qual descobre através da história, da geografia e da música, a incrível aventura que é a música negra".

O curador da mostra, Marc Benaïche, observa que a música negra está integrada no DNA de todos os músicos do mundo: "Quem não ouviu Bob Marley, Michael Jackson, Salif Keita, Billie Hollyday, Dizzie Gillespie, citando apenas algumas das estrelas planetárias que influenciaram o mundo?"

Alguns momentos fortes da mostra podem ser vividos na sala Mama Africa, que tem cinco telões justapostos que nos revelam o berço da música negra: golpes de estado, guerras, segregação.... na África é a história que criou a música; basta lembrar os cantos dos escravos no Brasil.

Já na sala redonda chamada "Ritmos", transe garantido com os sons dos voudous!

Exposição de fotos em branco e preto de New Orleans e vídeos que desfilam dos rhytm'n'blues, soul, r'nb à salsa completam esta mostra imperdível, que fica em cartaz até 24 de agosto na Cité de la Musique, em Paris.