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O festival de cinema de Berlim leva os filmes ao público nos quatro cantos da capital alemã e coloca no prato dos espectadores as iguarias vistas nas telas. Terceiro maior festival da sétima arte na Europa, a Berlinale é o que mais envolve os cinéfilos em sua programação. Já Madri ganha uma exposição que os espanhois esperaram trinta anos para ver. Clique em ouvir para conferir o programa completo.

Cena do Filme Brasileiro "Hoje eu Quero Voltar Sozinho", de Daniel Ribeiro, que integra a seção Panorama e a seleção do projeto Berlinale Goes Kiez do festival de cinema de Berlim.
Cena do Filme Brasileiro "Hoje eu Quero Voltar Sozinho", de Daniel Ribeiro, que integra a seção Panorama e a seleção do projeto Berlinale Goes Kiez do festival de cinema de Berlim. Divulgação
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O programa desta 64ª edição da Berlinale tem cerca de 400 obras, entre grandes produções de Hollywood, filmes independentes e documentários. O evento começa na próxima quinta-feira (6) com a projeção de "O Grande Hotel Budapeste", novo filme do diretor americano Wes Anderson.

Mas a projeção mais aguardada por cinéfilos e curiosos do mundo todo é provavelmente a versão sem cortes do polêmico "Ninfomaníaca", do dinamarquês Lars Von Trier. O longa "Praia do Futuro", de Karim Ainouz, representa o Brasil na disputa pelo Urso de Ouro.

O festival tem seções dedicadas às jovens gerações, às produções mais inovadoras do cinema mundial, à redescoberta de clássicos ou aos curta-metragens. Mas é na maneira de envolver o público no evento que a Berlinale exibe sua originalidade.

Gastronomia

Alguns filmes abrem o apetite. Pensando nisso, a seção Cinema Culinário convida chefs premiados para servir jantares inspirados nos longas selecionados. A seção será inaugurada com o filme sul-coreano "Receita Final", de Gina Kim. É a história de um jovem que entra em uma competição culinária de TV em Xangai para salvar da falência o restaurante de seu avô.

Outro destaque é um documentário sobre o restaurante dos irmãos Roca na cidade catalã de Girona, apontado por muitos críticos como o melhor do mundo. São os próprios Josep, Joan e Jordi Roca que irão preparar uma refeição para os espectadores após o filme.

Da história de um chef samurai japonês a um documentário sobre produtores de vinho italianos, o resto da programação também dá água na boca.

Cinema de bairro

O festival de Berlim também dirige seus holofotes para as salas onde os filmes são exibidos. O projeto Berlinale Goes Kiez, iniciado há cinco anos, leva o tapete vermelho a cinemas de bairro da capital alemã.

São essas salas que apresentam ao público durante todo o ano os filmes que estreiam no festival. Por isso, nada mais justo que seus espectadores participem do evento, afirma Matthias Elwardt, integrante do comitê de seleção da competição oficial e organização da seção Berlinale Goes Kiez.

"Para cada projeção nós levamos a equipe do filme e organizamos um debate depois. E metade das entradas só pode ser comprada no cinema, então temos o público de bairro que normalmente frequenta aquela sala", explica ele.

No programa deste ano está o filme brasileiro "Hoje Eu Quero Voltar Sozinho", de Daniel Ribeiro, que integra a seção Panorama.

"Este ano pela primeira vez vamos fazer uma projeção em colaboração com a sessão Cinema Culinário. Vamos exibir um filme em um pequeno cinema do bairro de Kreuzberg e depois o público será convidado a ir para um mercado histórico ali perto. O filme programado é um documentário sobre pescadores da Toscana, e os espectadores poderão provar os pratos vistos na tela. E lá vamos organizar um debate com o diretor e com pescadores que ele entrevistou para o documentário", avança Matthias Elwardt.

Cada um dos sete cinemas de bairro selecionados também ganha um padrinho: uma personalidade do mundo cinematográfico que defende as salas independentes. A Berlinale vai até o dia 15 de fevereiro.

Retrospectiva

O museu Thyssen Bornemisza de Madri inaugura na próxima terça-feira (4) a primeira retrospectiva de Paul Cézanne na Espanha em 30 anos.

A mostra apresenta 58 obras do pintor francês provenientes de museus e coleções particulares de todo o mundo. Muitas delas serão mostradas ao público espanhol pela primeira vez. A exposição conta ainda com nove quadros de artistas contemporâneos de Cézanne, como Pissarro e Gauguin.

A retrospectiva enfoca a dialética entre o interior e o exterior na obra do artista, evidenciada pelos dois gêneros dominantes na produção dele. Mais da metade de suas pinturas são paisagens executadas ao ar livre.

Mas, ao contrário de seus colegas impressionsistas, Cézanne também renovou a natureza morta, um gênero que enfatiza o rigor da composição dentro do ateliê. A exposição pode ser vista em Madri até 1° de maio.

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