Depois de dez anos de reformas, o Riijksmuseum de Amsterdã foi reaberto em abril. A maior novidade é a maneira como são apresentadas as obras: esculturas, móveis e quadros não estão mais separados em salas diferentes, mas organizados por períodos históricos.

Cerca de 8 mil peças são expostas em 80 salas, para contar 800 anos de história holandesa, da Idade Média a Mondrian. Além do prédio, onde o museu está instalado desde 1885, muitas das telas foram restauradas.

Em maio a cidade holandesa também comemorou a reabertura do museu Van Gogh. Ainda dá tempo de ver a exposição inaugural, em cartaz até o dia 12. Obras de arte e objetos que pertenceram ao pintor mostram como Van Gogh trabalhava e descrevem a evolução de seu estilo.

França

Este ano Marselha, no sul da França, foi a Capital Europeia da Cultura, um evento que ajudou a melhorar a imagem da cidade, ligada à violência e à criminalidade.

Várias novos centros culturais foram inaugurados em 2013, mas o mais espetacular deles é o Museu das Civilizações da Europa e do Mediterrâneo.

O projeto arquitetônico ousado de Rudy Ricciotti deu nova vida à área portuária. Inaugurado no início de junho, esse cubo coberto por uma espécie de renda de concreto já recebeu mais de um milhão e meio de visitantes e virou o novo cartão-postal de Marselha.

Na capital francesa, o Museu Galliera, dedicado ao universo da moda, foi reinaugurado em setembro com a primeira retrospectiva da carreira do estilista tunisiano Azzedine Alaïa. A mostra inaugural fica em cartaz até 26 de janeiro.

Também em setembro, a Serpentine Gallery, instalada no meio do Hyde Park em Londres, ganhou um anexo. Concebida por Zaha Hadid, única mulher a ganhar o prêmio Pritzker – o Nobel da Arquitetura -, a Serpentine Sackler Gallery ocupa um antigo depósito de pólvora em estilo neoclássico. Como sua irmã mais velha, a nova instituição vai se dedicar a mostras de arte contemporânea, de jovens artistas a nomes consagrados.

Novidades

Em 2014, duas novidades vão aumentar a já rica oferta cultural da capital francesa. Fechado desde 2011, o Museu Picasso reabre suas portas em junho. Sediada em uma das mais belas mansões do Marais, a instituição vai triplicar seu espaço de exposição.

A direção do museu promete uma programação cultural intensa, com nada menos que nove mostras por ano, além do acervo permanente que reúne obras-primas do pintor catalão.

E na primavera de 2014 também deve ser inaugurada a Fundação Louis Vuitton. A sede no Bois de Boulogne, um enorme parque no oeste de Paris, foi projetada pelo célebre arquiteto Frank Gehry – o mesmo que fez o Guggenheim de Bilbao.

O prédio de formas inovadoras promete ser uma atração por si só, com suas doze velas de vidro recobrindo um conjunto de blocos brancos. A fundação vai abrigar uma coleção de arte moderna e contemporânea, além de organizar mostras temporárias, eventos multidisciplinares, debates e conferências.

Conhecida por museus que abrigam os tesouros encontrados nos inúmeros sítios arqueológicos do país, Atenas ganha em março uma atração voltada para o presente e o futuro da arte grega.

Uma antiga cervejaria foi transformada na nova sede do Museu Nacional de Arte Contemporânea, com espaço para projeções ao ar livre e exposições de escultura a céu aberto. A renovação do prédio preservou a fachada original, um patrimônio histórico da cidade criado pelo arquiteto Takis Zenetos. Em meio aos percalços econômicos da Grécia, o projeto levou 13 anos para ser completado.

No final de 2014 o Mystetskyi Arsenal, em Kiev, vai se transformar no maior museu do continente. A instituição é sediada no antigo arsenal da cidade, que está sendo remodelado há vários anos. Quando o projeto de renovação for completado, o museu terá livrarias digitais e laboratórios artísticos, além dos espaços para exposições. A mostra inaugural vai enfocar o trabalho do artista mais conhecido de Kiev, o pintor Kazimir Malevich, pioneiro da arte geométrica abstrata.