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Foi nos Encontros Transmusicais de Rennes de 2010 que o grande público descobriu o cantor belga Stromae. E ele voltou este ano como a grande estrela da 35ª edição do evento. Os nomes conhecidos são raros nesse festival, que serve de trampolim para novos talentos. O programa desta semana também fala sobre duas exposições de fotografia na França e a programação especial em Milão em homenagem à cultura dos Estados Unidos.

O músico britânico Benjamin Clementine, durante os Encontros Transmusicais de Rennes de 2013.
O músico britânico Benjamin Clementine, durante os Encontros Transmusicais de Rennes de 2013. Flickr/Trans Musicales
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"É uma viagem por diferentes países e diferentes tipos de música. Também é uma oportunidade de fazer descobertas. As pessoas veem a um festival com 90 artistas sem conhecer a programação, com exceção de um ou dois que são mais conhecidos, como London Grammar ou Stromae. Temos todos os estilos: electro, hip hop, rock, pop... E também grupos que são difíceis de classificarl", explicou o diretor dos Encontros Transmusicais de Rennes, Jean-Louis Brossard.

O festival termina neste domingo à noite. O Brasil está representado pela banda paraense de tecno-brega Gang do Eletro e pelos dançarinos cariocas que participam do espetáculo Kafig Brasil.

A cada ano o evento convida um jovem artista para criar um show especial. Nesta edição, Benjamin Clementine impressionou o público e os críticos com sua voz grave e poderosa e seu carisma no palco. Originário de Londres o músico de 24 anos se transferiu para Paris, onde morou na rua e tocou no metrô antes de começar a escrever suas próprias canções. Ele deve lançar o primeiro disco no ano que vem.

Outono americano

Em Milão, uma intensa programação celebra até fevereiro a cultura dos Estados Unidos. Entre os pontos altos estão uma exposição das obras de Andy Warhol e outra dedicada a Jackson Pollock e o expressionismo abstrato.

Peças de dramaturgos americanos ou espetáculos que colocam em cena momentos-chave da história do país estão em cartaz nos teatros milaneses. Conferências, shows e ciclos de cinema também exploram aspectos da cultura americana, enquanto artistas italianos reinterpretam as referências musicais, literárias e cinematográficas vindas dos Estados Unidos.

Fotografia

O fotógrafo e documentarista francês Raymond Depardon, integrante da célebre agência Magnum, expõe em Paris 160 imagens coloridas, em sua maior parte inéditas.

Durante muito tempo Depardon, de 71 anos, realizou reportagens com a gravidade do preto e branco, reservando a fotografia em cores para capturar nos intervalos os momentos fugitivos de calma e alegria, ligados à infância e ao sentimento amoroso.

A exposição que fica em cartaz no Grand Palais até 10 de fevereiro apresenta imagens que pontuam toda a carreira dele, desde as primeiras fotos feitas na fazenda de seus pais aos 16 anos até as últimas imagens realizadas este ano na Etiópia.

"Acho que a partir do momento em que fazemos uma imagem, ela deixa de ser a realidade. É preciso lembrar que a fotografia é completamente subjetiva. É uma visão pessoal de um fotógrafo, com seus problemas, suas falhas, suas ambiguidades, suas contradições", disse o fotógrafo em entrevista à RFI.

O artista canadense Stan Douglas vai mais longe e implode a fronteira entre jornalismo e ficção. O que é uma imagem real? Essa é a questão que sua exposição atualmente em cartaz em Nîmes, no sul da França, coloca aos visitantes.

As imagens realizadas entre 2008 e 2013 reconstituem a atmosfera de Vancouver nos anos 30, 40 ou 70, utilizando códigos e técnicas do fotojornalismo, da televisão e do cinema. Cada cena é minuciosamente preparada com base em referências históricas. O objetivo é estimular a reflexão sobre as políticas de fabricação das imagens em diferentes épocas.

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