Acessar o conteúdo principal

A Tate Modern de Londres homenageia a artista suíça radicada no Brasil Mira Schendel com a primeira grande retrospectiva internacional dedicada à sua obra. Ainda em Londres, é inaugurado neste final de semana o anexo da Serpentine Gallery no Hyde Park. E o museu da moda de Paris reabre com uma grande mostra sobre a carreira do estilista Azzedine Alaïa.Clique em "Ouvir" para conferir o programa completo.

Mira Schendel posa com uma de suas obras em Londres, em foto de 1966.
Mira Schendel posa com uma de suas obras em Londres, em foto de 1966. © Clay Perry, England & Co Gallery
Publicidade

Mira Schendel nasceu em Zurique em 1919 em uma família de origem judaica. Apesar de ter sido criada como católica em Milão, ela foi perseguida durante a Segunda Guerra Mundial.

A artista emigrou para o Brasil em 1949 e se instalou em São Paulo quatro anos depois. Foi lá que ela viveu e criou uma obra complexa e multifacetada até sua morte, em 1988. Sua trajetória artística foi marcada pela experiência do exílio e por um grande interesse pela filosofia e as religiões.

A curadora Tanya Barson espera que a exposição em Londres contribua para aumentar a notoriedade de Mira Schendel fora do Brasil.

"Ela era uma artista incrivelmente prolífica. Estamos apresentando cerca de 270 obras. Foram necessários três anos de pesquisa constante, visitas a colecionadores e instituições para ver as obras e decidir o que incluir, fazer uma seleção final e montar a exposição", contou a curadora em entrevista à RFI Brasil.

"Uma das séries mais representativas e mais conhecidas de Mira Schendel é 'Objetos Gráficos', exposta no pavilhão brasileiro da Bienal de Veneza em 1968. Também mostramos seus desenhos em papel de arroz, que se tornaram emblemáticos. Mira Schendel foi uma das figuras fundadoras da arte contemporânea brasileira, junto com Hélio Oiticica, Lygia Clark e Lygia Pape", acrescentou Tanya Barson.

Em cartaz na Tate Modern até 19 de janeiro, a exposição é organizada em parceria com a Pinacoteca do Estado de São Paulo e será exibida no Brasil em 2014.

Arquitetura

Ainda em Londres, a célebre Serpentine Gallery, inaugurada em 1970 no meio do Hyde Park, ganha neste final de semana um anexo.

Além de dar um empurrão a novos talentos, a instituição costuma abrigar mostras dos nomes mais badalados do circuito da arte contemporânea, como o britânico Damien Hirst e o chinês Ai Weiwei.

Concebida por Zaha Hadid, única mulher a ganhar o prêmio Pritzker - o Nobel da arquitetura -, a Serpentine Sackler Gallery ocupa um antigo depósito de pólvora em estilo neoclássico. Ao prédio construído em 1805 foi acrescentado um espaço transparente recoberto por um teto em forma de onda branca. Além da sala de exposições, a nova galeria tem um restaurante.

Este é o primeiro prédio público permanente projetado por Zaha Hadid em Londres. A exposição inaugural traz as esculturas do jovem artista argentino Adrián Villar Rojas.

Moda

O outono mal começou e os desfiles de prêt-à-porter para o verão do ano que vem reúnem atualmente em Paris todo mundo que conta no reduzido microcosmo da moda. Modelos, estilistas, compradoras e jornalistas tentam adivinhar as tendências mostradas nas passarelas que invadirão as ruas no ano que vem.

Quem se interessa por moda mas não suporta o ritmo cada vez mais frenético dessa indústria já tem um novo refúgio na capital francesa. O Palácio Galliera, que abriga o museu da moda de Paris, reabre após quatro anos de reformas que permitiram recuperar o aspecto original do prédio, do final do século 19.

A instituição é reinaugurada com a primeira retrospectiva na França da carreira do estilista tunisiano Azzedine Alaïa. Diplomado em escultura antes de se armar de tesouras e agulhas, ele sabe como ninguém modelar os contornos do corpo feminino.

Os 70 modelos expostos vêm do arquivo pessoal do costureiro. Além das próprias criações, ele coleciona vestidos desenhados por grandes estilistas, como Madeleine Vionnet. E afirma que, paradoxalmente, para ter sucesso nesse reino do efêmero que é a moda, é preciso estudar o que foi feito no passado.

A exposição ocupa ainda a sala Matisse do Museu de Arte Moderna de Paris, que fica próximo ao palácio Galliera, ilustrando o diálogo com a arte que é um traço característico do trabalho de Alaïa.

A mostra fica em cartaz até o dia 26 de janeiro.
 

NewsletterReceba a newsletter diária RFI: noticiários, reportagens, entrevistas, análises, perfis, emissões, programas.

Acompanhe todas as notícias internacionais baixando o aplicativo da RFI

Página não encontrada

O conteúdo ao qual você tenta acessar não existe ou não está mais disponível.