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Os hábitos e manias dos parisienses, no traço delicado e irônico da ilustradora Kanako Kuno, são expostos nas ruas da capital francesa. Em Londres, uma obra de arte contemporânea reacende a velha rivalidade entre britânicos e franceses. Já em Estocolmo as estações do metrô permitem viajar por 60 anos de arte e arquitetura. Estes são os destaques do programa desta semana. Clique em "Ouvir" para conferir.

Detalhe de uma das ilustrações de Kanako Kuno expostas nas ruas de Paris.
Detalhe de uma das ilustrações de Kanako Kuno expostas nas ruas de Paris. Kanako pour Mairie de Paris et My Little Paris
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Ela chegou à capital francesa em 2005, intimidada pela aura de elegância e sofisticação que Paris projeta em todo o mundo. Mas descobriu uma cidade muito mais cheia de contrastes do que os cartões-postais que recebia em Tóquio. Com a ajuda de lápis e pincéis, a ilustradora japonesa Kanako Kuno capturou traço por traço as diferentes nuances dos parisienses, em um estilo falsamente ingênuo e com uma boa dose de ironia.

Os parisienses adoram a maneira como ela retrata as delícias e as dores da vida cotidiana na cidade. Tanto que a prefeitura decidiu aproveitar os paineis publicitários espalhados pelas ruas para expor uma seleção de 48 ilustrações.

"Eu imaginava que Paris era uma cidade sempre muito chique e sofisticada. Mas quando vim morar aqui descobri que os parisienses às vezes não são nada glamurosos. E isso foi uma boa surpresa para mim!", contou Kanako em entrevista à RFI.

"Meu desenho preferido da exposição é uma cena em uma padaria. Há uma parede coberta com diferentes tipos de pão e um homem que tenta escolher o que comprar. Mas ele não consegue se decidir porque há possibilidades demais! Isso sempre me acontecia quando cheguei em Paris, eu nunca sabia qual pão comprar e ficava perdida na padaria! Eu encontro inspiração nas ruas e sobretudo no transporte público. Observo as pessoas ao meu redor e sempre tem alguma coisa que atrai minha atenção e me dá vontade de desenhar", disse ela.

Os desenhos de Kanako Kuno poderão ser vistos de 7 a 28 de agosto em três bairros da capital: Champs-Elysées, Saint-Germain-des-Prés e Barbès.

Londres

Na célébre praça Trafalgar, em Londres, um galo gigante azul ameaça reacender a antiga rivalidade entre franceses e britânicos. Trata-se de uma escultura de quase cinco metros de altura criada pela artista alemã Katharina Fritsch.

Durante dezoito meses, ela vai ficar empoleirada no alto do chamado quarto pedestal da esplanada londrina, um dos pontos de maior concentração de turistas da capital. Imaginado como base para uma estátua equestre, ele ficou vazio durante 150 anos. Desde 1998 o pedestal hospeda regularmente obras de arte contemporâneas.

A artista Katharina Fritsch se defende dizendo que o galo é "um símbolo de renovação, despertar e força". Mas no Reino Unido o animal é identificado como o emblema da França conquistadora. Para alguns britânicos a afronta é ainda maior porque a obra foi instalada a poucos metros da estátua do almirante Nelson, o herói que venceu as tropas de Napoleão na batalha de Trafalgar em 1805.

Estocolmo

Na Suécia, as atrações estão debaixo da terra. O metrô de Estocolmo já foi chamado de "a exposição mais longa do mundo". Com 110 km de quilômetros de extensão, a rede abriga desde os anos 50 uma grande coleção de esculturas, pinturas mosaicos e instalações.

Ao longo das estações é possível fazer também uma viagem por meio dos movimentos artísticos e correntes arquitetônicas dos últimos sessenta anos.

Até o final de agosto, visitas guiadas em inglês permitem explorar um pouco desse museu subterrâneo. Para participar, basta comprar um bilhete de metrô.

 

 

 

 

 

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