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O Agenda Europa desta semana fala sobre alta costura. Uma exposição na prefeitura de Paris apresenta uma centena de criações dos maiores nomes da história da moda. Muitas delas não eram apresentadas ao público há mais de duas décadas. O programa revela ainda que Paris é a capital do hip hop e que a obra do cineasta Michelangelo Antonioni é pela primeira vez tema de uma exposição na Itália.

A exposição "Paris Alta Costura" reúne uma centena de obras marcantes da história da moda na capital francesa.
A exposição "Paris Alta Costura" reúne uma centena de obras marcantes da história da moda na capital francesa. Marc Verhille / Mairie de Paris
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Ao contrário dos desfiles de prêt-à-porter, que acabam de apresentar em várias capitais a moda que estará nas vitrines no próximo outono europeu, a alta costura só pode ser vista em Paris.

A história dessa indústria genuinamente francesa, acessível somente a um restrito grupo de consumidoras, é contada por meio de uma centena de criações expostas na prefeitura da capital. Muitas dessas peças são raras e não eram expostas há mais de 20 anos.

As criações foram selecionadas nos arquivos do museu Galliéra. A instituição parisiense, que conserva uma das maiores coleções de moda do mundo, está atualmente fechada para reforma. "Paris Alta Costura" fica em cartaz até o dia 6 de julho e a entrada é gratuita.

"Construímos um percurso cronológico de Charles Frederick Worth, que fundou a alta costura no final do século 19, até Cristobal Balenciaga, que decidiu fechar sua maison em 1968 porque não se reconhecia mais em mundo modelado pela indústria do prêt-à-porter e a democratização da moda. Mas também incluimos nesse percurso cronológico costureiros contemporâneos, como Yves Saint-Laurent, Christian Lacroix e John Galliano para Dior, a fim de evidenciar as afinidades estilísticas", disse Olivier Saillard, diretor do museu Galliéra e curador da exposição.

Hip hop

Muita gente não sabe disso, mas Paris acolhe todos os anos o principal evento mundial do hip hop. O gênero nasceu nos Estados Unidos nos anos 60, mas hoje tem seu epicentro na França, onde entrou no programa até de festivais de dança prestigiosos

A edição 2013 do Juste Debout recebe neste domingo no estádio de Bercy 16 mil espectadores e 4 mil dançarinos vindos de 15 países. Este ano, Taiwan, Coreia do sul, Estônia e Grécia entram na competição, mostrando que o hip hop não tem fronteiras.

Aos vencedores, abrem-se as portas de uma carreira internacional. Dançarinos revelados no concurso se apresentam hoje em dia em shows de popstars como Madonna ou Beyoncé.

Cinema

A última sugestão deste programa é a primeira exposição organizada sobre a obra do cineasta Michelangelo Antonioni. Com seu estilo feito de ausências, esperas e alusões, ele teve uma influência determinante na construção do cinema de autor moderno. A mostra será inaugurada neste domingo no Palácio dos Diamantes em Ferrara, a cidade natal de Antonioni. Morto em 2007, ele teria completado cem anos em setembro do ano passado.

Filmes, fotografias, objetos pessoais, roteiros originais, documentos raros e cartas dos maiores intelectuais da época - do semiólogo Roland Barthes ao diretor de cinema Luchino Visconti - retraçam a carreira do autor de "Blow Up".

A mostra também enfatiza os laços entre a obra cinematográfica de Antonioni, a literatura e as artes plásticas, com imagens de artistas que o inspiraram, como Pollock e De Chirico. O próprio cineasta italiano era, aliás, um pintor de talento. A exposição "O Olhar de Michelangelo: Antonioni e as Artes" pode ser visitada até 9 de junho.

 

 

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