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Tecnologia/Inteligência artificial

Computador sela vitória contra campeão mundial de jogo milenar chinês

Um computador selou neste sábado (12) a vitória decisiva contra o campeão mundial de Go, um jogo milenar chinês de tabuleiro, baseado na estratégia e considerado um dos mais complexos que existe. O AlphaGo, programa de informática criado pela empresa Google, conquistou hoje a terceira vitória consecutiva contra o sul-coreano Lee Se-Dol.

A terceira e decisiva partida entre o campeão mundial de Go, Lee Se-Dol, contra o programa AlphaGo, neste sábado 12 de março de 2016.
A terceira e decisiva partida entre o campeão mundial de Go, Lee Se-Dol, contra o programa AlphaGo, neste sábado 12 de março de 2016. REUTERS/Google/Yonhap
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A inteligência artificial, desenvolvida pelo DeepMind, filial da Google, venceu o campeão mundial de Go no duelo de melhor de cinco. Ele precisou de apenas 4 horas para conquistar a partida decisiva contra Lee Se-Dol, que lidera os campeonatos do jogo chinês há uma década.

O campeão, que confiava em suas chances de derrotar o programa de informática antes do início do torneio, ficou abatido após a derrota. Ele terá a oportunidade de salvar sua honra amanhã (13) e na terça-feira (15), tentando vencer as duas partidas finais do duelo, em Seul.

Como o vencedor foi o computador, o prêmio de US$ 1 milhão do torneio será distribuído a associações de caridade. A vitória do AlphaGo, que já havia derrotado o campeão europeu do jogo chinês em outubro, mostra os avanços significativos obtidos nos últimos dez anos pelas pesquisas sobre inteligência artificial.

Vitória surpreendeu até idealizadores

“Estamos impressionados”, declarou hoje Demis Hassabis, diretor-geral de DeepMind que desenvolveu o programa AlphaGo. Ele salientou que a técnica utilizada poderá ser empregada no futuro para resolver vários problemas, nos setores da medicina e da telefonia móvel, por exemplo.

Assim como a vitória do computador Deep Blue da IBM contra o campeão de xadrez, Gary Kaspatov, em 1997, o triunfo inesperado do programa AlphaGo marca uma nova era para a inteligência artificial. A façanha ocorreu muito mais rápido do que o previsto. Ela prova a capacidade de autoaprendizagem do computador e, até mesmo, de exploração aleatória das possibilidades, uma técnica que para alguns pesquisadores se aproxima da imaginação.

Apesar do entusiasmo, especialistas são prudentes e levantam a necessidade de um controle da inteligência artificial pelo homem. “Se decidirmos que queremos uma inteligência artificial segura e benéfica, e não apenas eficaz, este não será o início do fim da humanidade”, afirmou Andres Sandberg, da Universidade de Oxford.

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