Acessar o conteúdo principal

Estudo mostra que mundo está dividido sobre apoio à Ucrânia, aponta Le Monde

Na véspera da guerra na Ucrânia completar um ano, a imprensa francesa multiplica as análises e reportagens sobre este conflito na Europa, o mais grave desde o fim da Segunda Guerra Mundial, há 78 anos. 

Soldados ucranianos erguem bandeira do país durante treinamento para operar os tanques britânicos Challenger 2, no sul da Inglaterra. 22 de fevereiro de 2023
Soldados ucranianos erguem bandeira do país durante treinamento para operar os tanques britânicos Challenger 2, no sul da Inglaterra. 22 de fevereiro de 2023 REUTERS - TOBY MELVILLE
Publicidade

O jornal Le Monde analisa, nesta quinta-feira (23), os resultados de uma pesquisa feita pelo think tank Conselho Europeu para Relações Internacionais em 15 países, nove deles membros da União Europeia, mais Reino Unido, Estados Unidos, Índia, Turquia, China e Rússia. Os resultados mostram que a opinião pública está dividida em duas visões antagônicas diante da guerra

Os países ocidentais, unidos em sua defesa da Ucrânia, apoiam a necessidade de Kiev reconquistar todos os seus territórios, mesmo que isso signifique prolongar o conflito e aumentar o número de vítimas. Por outro lado, as populações de vários países não ocidentais acreditam que a guerra deve terminar o mais rápido possível, mesmo que isso implique para a Ucrânia a cessão de parte de seu território à Rússia. 

Mais da metade dos indianos (51%) veem a Rússia como um aliado com quem compartilham interesses e valores. Na China e na Turquia, boa parte das respectivas populações (44% e 55%) considera Moscou como um parceiro "necessário com quem vale a pena cooperar por razões estratégicas". 

O estudo também mostra uma diferença de apreciação entre esses blocos sobre a natureza da nova ordem mundial resultante do conflito. Só há um aspecto com que todos concordam: os Estados Unidos não serão mais o único poder dominante no futuro, apesar da demonstração de força desde o início da guerra. 

Os ocidentais antecipam o retorno de um mundo bipolar com dois blocos concorrentes liderados pela China e pelos Estados Unidos. Neste mundo, os autores da pesquisa avaliam que países marcados pela ambivalência em suas alianças geopolíticas terão que escolher de que lado ficam. Por enquanto, a estratégia do Brasil é ficar em cima do muro.

Neste cenário de retorno da guerra à Europa por longos anos, e provavelmente em outras regiões do mundo, o jornal Le Figaro informa sobre a decisão da França de repatriar a produção de obuses e outros tipos de munição. O fabricante Eurenco irá construir uma nova fábrica de  munições em Bergerac (centro) para garantir a autonomia das Forças Armadas francesas.

NewsletterReceba a newsletter diária RFI: noticiários, reportagens, entrevistas, análises, perfis, emissões, programas.

Acompanhe todas as notícias internacionais baixando o aplicativo da RFI

Compartilhar :
Página não encontrada

O conteúdo ao qual você tenta acessar não existe ou não está mais disponível.