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Eleições 2018

Alto comparecimento de brasileiros em zona eleitoral de Bruxelas é “surpresa feliz”, diz embaixador

Nem mesmo o frio de 5 graus impediu os eleitores brasileiros na Bélgica de saírem para votar neste segundo turno. Desde cedo, havia movimentação nas cinco zonas eleitorais de Bruxelas neste domingo (28).

Eleitores brasileiros votam em Bruxelas, na Bélgica, neste domingo (28).
Eleitores brasileiros votam em Bruxelas, na Bélgica, neste domingo (28). Letícia Fonseca-Sourander/RFI
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Letícia Fonseca-Sourander, correspondente da RFI em Bruxelas

Estima-se que na Bélgica vivam 40 mil brasileiros e em Luxemburgo, 7 mil. Mas o primeiro turno contou com apenas 3.995 eleitores inscritos e 2.001 votos nas urnas. Mesmo assim, o embaixador Júlio César Zelner, do Consulado do Brasil em Bruxelas, festejou o alto comparecimento na votação deste ano, com mais da metade dos eleitores inscritos, “isso nos surpreendeu, uma surpresa feliz”.

Neste domingo, o movimento está menos intenso do que no primeiro turno e, com mais organização, os eleitores não estão demorando muito tempo para registrar o voto. É a primeira vez que o estudante João Gil Silva Novis, 19 anos, que está cursando Economia na Universidade de Manchester, vota. João, que morou em Bruxelas por três anos antes de se mudar para o Reino Unido, “acredita que estas eleições são muito importantes para sua geração e para o futuro da democracia no Brasil”.

“Estou vendo todo mundo votar com serenidade, cada um dos lados está fazendo o que pensa ser certo para o país, mas acho que uma vitória do Bolsonaro vai dar voz a uma parte da população que tem pensamentos ultrapassados, racistas, misóginos, opiniões que não têm lugar na sociedade moderna e que não melhoram a vida de ninguém. Na minha opinião, o Haddad é símbolo de uma democracia falha, ele é parte de um partido que cometeu crises, que teve escândalos de corrupção, mas com todas as medidas econômicas e sociais, melhorou o país durante o tempo que estavam no poder e o Bolsonaro representa uma afronta à democracia”, avalia o jovem.

Mudança de horário

Os brasileiros em Bruxelas tiveram que atrasar seus relógios em uma hora, na madrugada deste domingo, com a entrada do horário de inverno na Europa. Mas Simone Sampaio Karlsen, 52 anos, formada em turismo, chegou cedo para votar. Para Simone, “a importância destas eleições comparadas a todas as outras é que não só eu tenho hoje a obrigação de lutar, de exercer o meu poder aqui de escolha, e escolher o que eu acredito, que é a liberdade, a liberdade de expressão e lutar pelo coletivo, por todos nós sem exceção, brancos, negros, homossexuais, enfim, todos”.

No primeiro turno, o candidato Jair Bolsonaro, do PSL, ganhou em Bruxelas, com 930 votos, seguido de Ciro Gomes, do PDT, com 367 votos e Fernando Haddad, do PT, com 256 votos. Depois de votar neste segundo turno, auditor financeiro, André Soares, de 37 anos, comemorou a ida às urnas dos brasileiros em Bruxelas, “o processo eleitoral está muito bonito aqui e espero que isso seja para o melhor do país”.

A taxa de participação nas eleições deste ano surpreende também quem já participou de várias eleições fora do Brasil. A dona de casa, Maria de Fátima Reis, 64 anos, que mora há 43 anos na Bélgica disse “que é a primeira vez que vê um movimento tão grande”.

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