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Brasil/manifestações

“Manifestações validam o processo democrático do impeachment”, diz Meirelles na China

Milhares de manifestantes contra o impeachment foram às ruas de São Paulo, neste domingo (4), contra o novo governo de Michel Temer (PMDB-SP). Na China, onde participa da Cúpula do G-20, ele minimizou a importância dos protestos. Para o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, as passeatas fazem parte de um “processo democrático”.

A manifestação em São Paulo reuniu mais de 100 mil pessoas segundo os organizadores
A manifestação em São Paulo reuniu mais de 100 mil pessoas segundo os organizadores REUTERS/Fernando Donasci
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A declaração de Temer foi dada antes do protesto de ontem, o maior ocorrido no país desde o afastamento definitivo da presidente Dilma Rousseff. Segundo os organizadores, pelo menos 100 mil pessoas participaram da passeata. A multidão tomou a avenida Paulista para denunciar o "golpe". Alguns manifestantes queimaram um caixão de madeira, com um boneco de Temer dentro.

Ao contrário dos episódios de confronto registrados nesta semana, com quebra-quebra e uso de bombas de gás lacrimogêneo por parte da Polícia, a manifestação foi relativamente pacífica, mas acabou em confusão. Em frente à estação Faria Lima do metrô, a polícia lançou bombas e jatos de água. Segundo a Secretaria de Segurança Pública, os policiais entraram em cena quando "vândalos quebraram as catracas do metrô e que recebida a pedradas."

Na China, o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, disse que os protestos são parte de um processo democrático normal.

Ele ainda destacou que o processo de impedimento da presidente afastada Dilma Rousseff foi muito importante e teve o apoio de toda a nação. Segundo o ministro, é normal que quem foi contrário ao processo se manifeste de forma democrática e livre. Segundo ele, trata-se de uma “garantia” que valida o processo democrático e constitucional e essa legimitação é importante, porque mostra que o processo foi discutido de forma aberta e constitucional.

Movimentos comemoram manifestação “bem-sucedida”

"O presidente golpista do Brasil disse que nossa manifestação teria 40 pessoas. Aqui estão as 40 pessoas. Já somos quase 100 mil na avenida Paulista", disparou Guilherme Boulos, do Movimento dos Sem-Teto, que convocou a marcha junto com sindicatos e outras organizações de esquerda.

A manifestação desse domingo aconteceu no fim da tarde para não coincidir com a passagem da tocha dos Jogos Paralímpicos. As Paralimpíadas serão inauguradas na próxima quarta-feira (7), no Rio de Janeiro. Mais cedo, cerca de duas mil pessoas protestaram na praia de Copacabana, também pedindo "Fora, Temer!".

(Com informações da AFP e da correspondente na China, Vivian Oswald)

 

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