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Linha Direta

Senado finaliza processo de impeachment de Dilma Rousseff nesta quarta-feira

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Termina nesta quarta-feira (31) no Senado brasileiro o processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff. Na sessão que começou ontem e terminou na madrugada desta quarta-feira, os senadores foram à tribuna expressar suas opiniões e salvo surpresa de última hora, eles devem aprovar o afastamento definitivo da presidente Dilma do cargo.

Manifestantes em frente ao congresso nacional na noite de terça-feira.
Manifestantes em frente ao congresso nacional na noite de terça-feira. REUTERS/Bruno Kelly
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O presidente do Supremo Tribunal Federal, Ricardo Lewandowski, preside a sessão do Senado transformado em tribunal político. A abertura dos trabalhos dessa última fase do processo, que é a da votação, deve começar por volta das 11 horas da manhã. Lexandowski vai ler e apresentar seu relatório com um resumo do processo e os argumentos da acusação e da defesa de Dilma Rousseff sobre o caso.

A presidente é acusada de ter cometido crime de responsabilidade fiscal por ter editado decretos sem autorização do Congresso e atrasado repasses de recursos para bancos estatais controlados pelo governo, o que é proibido pela Lei de Responsabilidade Fiscal.

Depois do pronunciamento de Lewandowski, dois senadores pró e contra o impeachment terão cinco minutos cada um para fazer as últimas considerações e, então, deverão votar. Como o voto é eletrônico, o resultado é imediato e vai ser exibido no painel do Senado. A expectativa é de que até o início da tarde, o julgamento esteja concluído.

Sessão durou 17 horas

A sessão desta terça-feira, que durou 17 horas, terminou de madrugada. Dos 81 senadores, 63 se inscreveram e eles tiveram dez minutos para expressar suas opiniões. A maioria declarou seu voto a favor do impeachment, mas nem todos falaram. Além de se dizerem convictos em relação às denúncias e provas apresentadas pela acusação, senadores também se referiram a ações do governo que levaram o país ao “caos econômico” e à instabilidade política para justificar o voto pelo impeachment.

Por outro lado, os defensores da presidente Dilma ressaltaram que preferem ficar do lado certo da história e voltaram a se referir ao processo como um golpe contra Dilma Rousseff e à democracia. Alguns senadores que foram à tribuna expressaram suas opiniões, mas sem declarar voto como o ex-presidente Fernando Collor.

Ele só foi ao plenário ontem, quando Dilma Rousseff compareceu para se defender das acusações e voltou hoje para falar na tribuna, e foi muito aguardado. Collor aproveitou a ocasião para dizer que foi vítima de um processo injusto de impeachment em 1992. O senador Collor disse que os dois pedidos foram diferentes, e não declarou abertamente seu voto.

Placar ainda é uma incógnita

Entre os senadores favoráveis ao afastamento definitivo da presidente Dilma, não há dúvidas de que o número mínimo de dois terços dos senadores, ou seja, 54 votos, está assegurado. Até alguns apoiadores da presidente já jogaram a toalha, como a senadora Regina Souza, do PT do Piauí. Seu colega de partido, o paraense Paulo Rocha mantém a esperança. Apesar das negociações intensas nos bastidores, a percepção da maioria dos senadores é de que as escolhas já foram feitas, estão consolidadas, e deve haver poucas mudanças no momento de confirmar o voto.

 

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