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Imprensa

Jornal francês retrata paixão de atletas olímpicos por Pokémon Go

"Mais importante que a segurança. Mais grave que o zika vírus. Mais problemático que as falhas na Vila Olímpica", brinca o jornal Aujourd'hui en France desta quinta-feira (4) sobre a ausência do aplicativo Pokémon Go até ontem no Brasil. O diário tenta aliviar um pouco o mar de críticas e o clima de pessimismo em relação às falhas da organização da competição no Rio de Janeiro, falando do jogo que virou moda no mundo inteiro e que fez falta entre os atletas franceses.

Jornal francês entrevistou atletas olímpicos que pretendem dividir as competições no Rio de Janeiro com o aplicativo Pokémon Go.
Jornal francês entrevistou atletas olímpicos que pretendem dividir as competições no Rio de Janeiro com o aplicativo Pokémon Go. LeParisien.fr
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"Mais de 10 mil atletas não podem jogar Pokémon Go no Rio!", escreve o jornal, cuja edição chegou às bancas pouco depois que o aplicativo foi disponibilizado para o público brasileiro. Segundo o jornal, muitos esportistas estavam decepcionados com a impossibilidade de caçar o Pikachu e sua turma na Vila Olímpica.

Aujourd'hui en France lembra que a preocupação foi tamanha que até mesmo prefeitura do Rio chegou a fazer um apelo à empresa americana Niantic, que desenvolveu o jogo em parceria com a Nintendo. "Alô, Nintendo! Faltam 23 dias para as Olimpíadas Rio 2016. O mundo todo tá vindo pra cá. Venha também", escreveu Eduardo Paes, prefeito da capital fluminense no Facebook, usando hashtags como #PokemonGoNoBrasil.

A desenvolvedora fez suspense sobre a data do lançamento e pegou os gamers de supresa ontem. "Estamos emocionados de colocar oficialmente o Pokémon Go nas mãos dos nossos seguidores latino-americanos, visitantes e atletas olímpicos no Rio!".

Caçar pokémons na Vila Olímpica

O jornal entrevistou o goleiro da seleção francesa de handball, Vincent Gérard, um grande fã do aplicativo. Ele se disse decepcionado ao passar os primeiros dias no Brasil sem poder jogar Pokémon Go. Logo que a equipe chegou ao Rio, ele e outros colegas de equipe correram para colocar internet em seus smartphones. "Procuramos o jogo e... nada!", reclama o jogador.

Já o nadador francês Yannick Agnel contou ao diário que ficou tão frustrado com a ideia de ter que passar três semanas sem a turma do Pikachu que entregou sua senha à namorada, que prometeu jogar pelo atleta enquanto estivesse longe de casa. Com o lançamento do aplicativo no Brasil, o esportista vai poder se entreter "caçando pokémons no restaurante da Vila Olímpica", diz.

Mas será que os treinadores veriam com bons olhos seus atletas caçando criaturas virtuais na Vila Olímpica?, pergunta o diário. "Não viemos até aqui para isso. A caça é por medalhas", pondera o remador francês Jérémie Azou.

Mas, além de técnicos e treinadores, o diário supõe que as empresas que patrocinam os jogos não ficarão felizes em dividir o espaço com o Pikachu. "Talvez os Pokémons terão de ficar do lado de fora dos locais de competição", escreve Aujourd'hui en France.

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