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Brasil

Desocupação do MinC e Vila Olímpica são destaque na imprensa francesa

Com o início dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro se aproximando, os enviados especiais e correspondentes começam a abastecer os jornais franceses com o que acontece no Brasil. O diário Les Echos desta quarta-feira (27) fala sobre as críticas à Vila Olímpica feita por algumas delegações. E o Le Monde descreve a desocupação de um prédio do Ministério da Cultura pela Polícia Federal.

Polícia desocupou prédio do Ministério da Cultura no Rio de Janeiro na segunda-feira (25).
Polícia desocupou prédio do Ministério da Cultura no Rio de Janeiro na segunda-feira (25). REUTERS/Pilar Olivares
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O Les Echos afirma que os atletas estão sendo recebidos “de braços abertos”, mas que a qualidade das acomodações deixa a desejar. O jornal chama de "vertiginoso" o complexo que tem 31 prédios de 17 andares e que, em suas palavras, já entrou para a história das olimpíadas por causa das infiltrações e das instalações elétricas pouco seguras, além do cheiro de gás.

O jornal lembra que tudo começou com a reclamação da delegação australiana, que acabou preferindo ficar em um hotel. A frase do prefeito do Rio de Janeiro, de que colocaria cangurus para que os australianos se sentissem melhor, é chamada pelo jornal Les Echos de “piada de gosto de duvidoso”, e diz que o próprio Eduardo Paes depois reconheceu que o prédio da Austrália era um dos piores.

O jornal francês pega no pé do prefeito do Rio. O texto diz que Paes já havia afirmado que a crise econômica comprometeria a imagem do país durante os jogos. Mas, segundo o Les Echos, é a qualidade ruim da Vila Olímpica o que pode piorar ainda mais essa imagem.

Palácio Capanema no Le Monde

Já o jornal Le Monde traz uma reportagem sobre a desocupação do Palácio Capanema, prédio do Ministério da Cultura que fica no Centro do Rio, na última segunda-feira. Desde que o presidente interino Michel Temer anunciou a extinção do Ministério – para depois voltar atrás –, o prédio tinha seu pátio e alguns andares ocupado por ativistas e militantes.

À reportagem do Le Monde, estes ativistas afirmam que aceitaram desocupar o prédio pacificamente, mas que seguirão os protestos contra o presidente interino, que consideram um “golpista”. O jornal também entrevista o deputado federal Jean Wyllys (PSOL-RJ). Ele diz que, se Michel Temer pensa que poderá calar os protestos durantes os jogos olímpicos, está enganado.

O Le Monde visitou a ocupação antes que ela acabasse e comparou a situação a um kiboutz, as comunidades agrícolas e autônomas israelenses, onde as tarefas e espaços eram divididos pela comunidade. O jornal constata que o que viu ali parecia ser “uma nova geração política pronta para dar trabalho ao governo Temer”.

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