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A Semana na Imprensa

Classe C volta à pobreza no Brasil, mostra revista francesa

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A menos de um mês do início das Olimpíadas de 2016, nesta semana o Rio de Janeiro é o assunto da capa da Aujourd’hui en France Magazine, revista do jornal francês de mesmo nome. Depois de uma intensa cobertura da crise política e econômica no Brasil, o país havia desaparecido das páginas da imprensa francesa, em meio às constantes reviravoltas em Brasília e Curitiba.

O Brasil  é manchete da revista semanal "Aujourd’hui en France Magazine".
O Brasil é manchete da revista semanal "Aujourd’hui en France Magazine". leparisien.fr
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“Brasil, um gigante tão frágil – mergulho em um país em crise” é a manchete. Os enviados especiais à capital fluminense relatam a crise do ponto de vista da classe C, que havia saído da pobreza durante os anos Lula e hoje se esforça para não ser engolida pela crise.

A reportagem analisa a grave situação das contas públicas do Rio de Janeiro e explica como o país passou de uma poderosa economia emergente para um quadro de degradação econômica que atinge praticamente todos os setores. “E pensar que os Jogos Olímpicos deveriam convergir todos os olhares do planeta em direção ao sucesso do Brasil!”, afirma o texto.

“No país do carnaval, o clima não é mais de festa”, indica Aujourd’hui en France Magazine. A reportagem foi ao encontro dos moradores da favela Cidade de Deus, que ficou famosa na França depois do filme de Fernando Meirelles.

Programas sociais a perigo

O texto observa que, diante do desemprego em alta, muitos brasileiros só têm o Bolsa Família e outros programas sociais, que agora “podem não sobreviver no governo provisório de Michel Temer, defensor da austeridade”. A reportagem nota que as dificuldades econômicas e a falta de perspectivas de emprego têm levado muitos jovens a se juntar aos traficantes, onde encontram dinheiro fácil.

Aujourd’hui en France Magazine também mostra o quanto o escândalo na Petrobras abalou projetos de longo prazo nas cidades que investiram para lucrar com o pré-sal. É o caso de Itaboraí, no Rio de Janeiro, onde o complexo de refinarias Comperj deveria ser o maior do Brasil – e hoje é um “projeto fantasma”. De 32 mil trabalhadores no local, só restaram 300, de acordo com um líder sindical ouvido pela reportagem.
 

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