COI: saída de Dilma não afeta preparação das Olimpíadas

O Comitê Olímpico Internacional (COI) demonstrou, mais uma vez, confiança na capacidade do Brasil de organizar os Jogos Olímpicos de 2016. Depois da confirmação do afastamento de Dilma Rousseff do poder pelo Senado, nesta quinta-feira (12), o presidente da entidade esportiva, Thomas Bach, declarou que a saída da petista “não afeta” a preparação do Rio de Janeiro para as Olimpíadas.

Thomas Bach, presidente do Comitê Olímpico Internacional. Reuters/Denis Balibouse

A mudança de presidente do país a menos de três meses dos Jogos parece não assustar o COI. Em um comunicado, Thomas Bach declarou que agora “a preparação dos Jogos Olímpicos entrou em uma fase muito operacional” e, por isso, “questões como essas têm bem menos influência do que teriam em outros estágios” mais iniciais da organização do evento.

“Nós temos visto os grandes progressos no Rio de Janeiro e continuamos confiantes no sucesso das Olimpíadas, em agosto”, disse o presidente do COI. “Será o momento de o Brasil mostrar para o mundo a sua determinação em superar a atual crise. Essas serão as Olimpíadas do Brasil”, observou o dirigente.

Olimpíadas têm apoio popular

Bach ressaltou que, apesar da crise política, há “um grande apoio” ao evento no país. “Vamos trabalhar com o novo governo para apresentar Jogos de sucesso no Rio de Janeiro”, afirmou.

Na semana passada, Dilma recebeu a tocha olímpica em Brasília, em um dos seus últimos atos oficiais antes da votação do impeachment. Desde então, a tocha segue um tour por todo o Brasil.

Tradicionalmente, o presidente do país costuma inaugurar a cerimônia de abertura das Olimpíadas. A do Rio de Janeiro vai ocorrer em 5 de agosto, no estádio do Maracanã. O presidente do COI deve ir à cidade em junho, para verificar de perto os últimos preparativos.

Thomas Bach afirmou estar certo de que “os brasileiros vão promover Jogos Olímpicos memoráveis, cheios de paixão pelo esporte”, uma paixão pela qual “eles são reconhecidos mundialmente”.