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Brasil/Dilma

Dilma diz que vai lutar até o fim contra “tentativa de golpe”

A presidente brasileira Dilma Rousseff declarou, nesta quarta-feira (13), que está decidida a "lutar até o último minuto" para salvar seu mandato. A chefe de Estado diz que é possível impedir o processo de destituição e promete formar pacto com forças políticas do país. A imprensa internacional repercutiu as declarações.

Dilma se reuniu com jornalistas em Brasília para dizer que vai lutar "até o último minuto" para se manter no cargo.
Dilma se reuniu com jornalistas em Brasília para dizer que vai lutar "até o último minuto" para se manter no cargo. Roberto Stuckert Filho/PR
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Em uma entrevista concedida a vários veículos nacionais, Dilma se mostrou combativa diante da votação na Câmara dos Deputados do processo de impeachment no domingo (17). A presidente disse que “vai lutar até o último minuto do último tempo”, por acreditar que seja possível vencer a “tentativa de golpe”. Otimista, ela declarou que o governo ainda tem condições de barrar o processo de destituição.

A chefe de Estado também anunciou que, caso saia vitoriosa da votação de domingo, pretende propor um pacto a todas as forças políticas, no qual não haverá "vencedores nem derrotados". Para ela, essa união também deve envolver outros setores da sociedade, sejam eles “empresários, movimentos sociais, oposição, os contra mim, os a favor. Eles que são importantes. Se não pactuar, não tem saída. Tem de sentar e escutar as propostas deles e botar o trabalhador na mesa“, disse Dilma.

A presidente não descartou um recurso judicial perante o Supremo Tribunal Federal (STF), no caso de o impeachment ser aprovado pelos deputados. "Não garanto ainda o que nós vamos fazer porque não tenho a avaliação completa do jurídico do governo. Não sabemos se vamos. E, se formos, quando", completou.

Imprensa internacional segue crise brasileira

Como tudo o quem vem sendo dito sobre a crise política brasileira nos últimos dias, as novas declarações da presidente repercutiram imediatamente na imprensa internacional. O jornal francês Le Figaro reproduz em sua versão online trechos da entrevista concedida por Dilma, enquanto o site suíço Swissinfo explica que o possível "pacto" anunciado pela petista é uma “tentativa de tirar do impasse o gigante emergente da América Latina”.

O espanhol El Mundo diz, que neste momento, Brasília vive uma “batalha contra o tempo para encontrar os votos para salvar ou para derrubar Rousseff”. Ainda reproduzindo trechos da entrevista concedida pela presidente, o argentino Clarín relata que, apesar da crise, a chefe de Estado parece enfrentar a situação com serenidade: “Todo dia eu andar 50 minutos de bicicleta. Eu durmo bem. Eu não tomo remédios. Se eu acreditasse que fiz algo de errado para merecer tudo isso está acontecendo, não conseguiria dormir", disse Dilma aos jornalistas.

Importantes aliados do PT anunciaram esta semana que votariam a favor da saída da líder, o que requer a aprovação de dois terços da Câmara (342 dos 513 deputados) e, em seguida, metade do Senado. Nesse caso, Dilma seria substituída pelo vice-presidente Michel Temer.

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