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Argentina

Mauricio Macri: nomeação de Lula como ministro é válida

O presidente argentino Mauricio Macri afirmou em uma entrevista publicada neste domingo (21) que a decisão de sua colega Dilma Rousseff de nomear Luiz Inácio Lula da Silva como seu chefe de gabinete é válida, dada a necessidade de fortalecer seu governo.

Macri encontra apoiadores em frente ao congresso argentino.
Macri encontra apoiadores em frente ao congresso argentino. REUTERS/Marcos Brindicci
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"Quero crer que ela fez isso para fortalecer seu governo do ponto de vista operacional, não para encobrir uma causa judicial. Desse ponto de vista, é absolutamente válido. Agora, não cabe a segunda intenção, que não me consta", respondeu Macri ao jornal La Nación, em uma entrevista sobre seus cem primeiros dias de governo.

Macri ainda falou sobre a crise política no Brasil: "De fato, me entristece. Tenho muito carinho para com os brasileiros e devo ser um dos poucos argentinos que, quando a Argentina perde no Mundial, quer que o Brasil vença", afirmou Macri, aludindo à clássica rivalidade entre os dois países no futebol. “Ver os brasileiros tão pessimistas e travados nesta discussão política me entristece”, completou.

A crise política e econômica do Brasil, principal destino das exportações argentinas, em particular da indústria automotiva, afeta muito a terceira economia da América Latina. "Estamos falando com a Comunidade Europeia, com os demais países da América Latina e com os Estados Unidos. Também vou me reunir em Washington com o presidente da República Popular China para juntos trabalharmos na abertura de mercados", declarou Macri, ao ser consultado se o Brasil é insubstituível para a Argentina.

Ao ser eleito, o presidente argentino encerrou um ciclo de 12 anos de poder da família Kirchner, que durante todo esse tempo contou com apoio irrestrito de seus pares brasileiros.

A vitória de Macri, candidato de perfil mais conservador, foi celebrada por muitos críticos do governo do Partido dos Trabalhadores no Brasil. Nas manifestações contra Dilma Rousseff do dia 13 de março – a maior mobilização popular da história do país segundo o Instituto Datafolha – não faltaram cartazes de exaltação à Mauricio Macri.

Entre as inscrições dos manifestantes, era possível ler “Menos Venezuela e mais Argentina” e “Nunca pensei que sentiria inveja da Argentina”. As medidas de Macri nos primeiros cem dias de governo, acenando com abertura econômica e redução de impostos, agradou aos movimentos de perfil mais liberal no Brasil, como o Movimento Brasil Livre (MBL), um dos principais organizadores dos protestos contra o governo.

 

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