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Recessão no Brasil afetará crescimento da América Latina em 2016, diz Cepal

A América Latina crescerá apenas 0,2% em 2016. A queda no desenvolvimento da região é fruto do mal desempenho das economias sul-americanas, especialmente o Brasil, segundo relatório da Comissão Econômica para América Latina e Caribe (Cepal) divulgado nesta quinta-feira (17).

O PIB brasileiro registrou uma contração total de 2,5% nos últimos quatro trimestres.
O PIB brasileiro registrou uma contração total de 2,5% nos últimos quatro trimestres. Marcos Santos/USP Imagens
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Depois de registrar em 2015 seus piores resultados desde 2009, com uma queda médio do PIB de 0,4%, as economias da América Latina e Caribe se preparam para mais um ano difícil segundo a Cepal. A entidade das Nações Unidas com sede em Santiago estima que a região terá um crescimento de apenas 0,2% em 2016, um resultado provocado “por um complexo cenário externo”.

Mesmo se a Cepal prevê que a América Central terá um crescimento em torno de 4,3% em 2016 e a região do Caribe de língua inglesa crescerá 1,6%, a Comissão se preocupa com os países da América do Sul, que devem registrar uma contração de -0,8% em seu produto interno bruto (PIB). Segundo a entidade, esses números serão uma consequência direta dos retrocessos esperados principalmente no Brasil, que deve registrar uma queda de 2% em seu PIB, além da Venezuela, com um declínio de 7%. As conclusões são fruto do Balanço Preliminar das Economias da América Latina e do Caribe, que atualiza as estimativas apresentadas em outubro passado.

“É necessário retomar o crescimento e reverter o ciclo contracionista do investimento em um contexto de lenta recuperação mundial e queda no comércio”, declarou Alicia Bárcena, secretária-executiva da Cepal, durante a coletiva de imprensa de apresentação do relatório. Para a representante da entidade, os países da região devem ficar atentos às políticas fiscais ativas, promovendo o que classifica como “ajustes inteligentes”.

É preciso observar “tanto do nível de gasto público como a sua composição para evitar ajustes excessivos no investimento público e no gasto social; revisar a estrutura de subsídios aos combustíveis e aos incentivos tributários, buscando potencializar instrumentos de promoção de investimentos e financiamento do gasto social; e reduzir a evasão/elisão, que em média equivale a 6,3 pontos do PIB regional, isto é, 320 bilhões de dólares”, acrescentou Bárcena.

De todos os países do bloco, o que deve apresentar os melhores resultados no ano que vem é o Panamá. De acordo com as projeções da Cepal para 2016, a nação centro-americana vai liderar o crescimento regional com uma expansão de 6,2%.

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